quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

“A semente germina e cresce sem que ele saiba como”

Sexta feira da III Semana do Tempo Comum
1º de fevereiro de 2013

“A semente germina e cresce sem que ele saiba como” (Mc 4, 27)

O Reino de Deus é mistério divino, é processo gradativo que se realiza na história humana. O homem contribui em sua edificação, mas não é o agente primeiro dessa realidade. Ele tem início no hoje de nossos pequenos gestos.
Compreender-se participante do Reino de Deus é reconhecer-se instrumento de uma realidade superior às nossas capacidades. É um mistério que não podemos desnudar, muito menos repetir, mas que realiza-se sempre.
Saibamos ser semeadores do Reino. Saibamos lançar a semente, mesmo sem compreender como ela germina ou se ela dará fruto. Esperemos pela misteriosa força da vida, que sustenta toda realidade humana e dá a ela os elementos necessários para se tornar plena.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

“Não há nada de escondido que não venha a ser descoberto”

Quinta feira da III Semana do Tempo Comum
31 de janeiro de 2013

“Não há nada de escondido que não venha a ser descoberto” (Mc 4, 22)

A verdade é uma necessidade lógica da natureza humana. Como princípio divino, não podemos escapar de seus efeitos: revelar o homem em seu íntimo. Como filhos de Deus, devemos tomar essa iniciativa, mostrando ao mundo a luz que devemos portar.
Ser luz para os homens não é apenas mostrar uma realidade de nós, aquela que mais brilha. É deixar com que os outros vejam de fato quem eu sou. É nessa transparência que se revela o nosso fundamento e as nossas verdadeiras intenções.
Ser luz para o mundo não é apenas apresentar, mas deixar que os outros vejam os nossos princípios, a força primeira que nos projeta para fora de nós mesmos. Mas do que ir é ser instrumento, meio de encontro entre o Deus e os homens.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

“O semeador saiu para semear”

Quarta feira da III Semana do Tempo Comum
30 de janeiro de 2013
 
“O semeador saiu para semear” (Mc 4, 3)

O mistério do Cristo, Filho de Deus, que deixa a casa do Pai para vir até a nossa humanidade é paralela à postura desse semeador. A eficácia de sua ação depende, entretanto, da acolhida de cada espaço semeado.
A Palavra de Deus que é proclamada aos homens, pode encontrar no próprio homem o seu obstáculo. Depende de como ele compreende, abraça e gera frutos a partir dela. Mesmo sendo uma realidade eficaz, a Palavra encontra na liberdade humana a sua grande condição.
Não ponhamos obstáculos à Palavra de Deus que vem até o nosso meio. Mais do que um conteúdo teórico, ela é movimento do próprio Deus que vem até nós. Nesse encontro ele manifesta aos homens o seu projeto de amor e salvação.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

“Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”

Terça feira da III Semana do Tempo Comum
29 de janeiro de 2013

“Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mc 3, 35)

Pelo mistério da Encarnação, Jesus abre para a nossa humanidade uma nova possibilidade de comunicação com Deus. Sendo criados por esse Pai, manifestamos a nossa comunhão com Ele por meio do cumprimento da Sua vontade.
O que nos liga realmente a Cristo é a nossa filiação divina e nossa obediência a esse Pai. Essa não é uma obediência cega, mas a posse do projeto para o qual fomos criados. Entretanto, só podemos cumprir uma ação se antes sabemos ouvi-la.
Tomemos posse dessa possibilidade de comunhão com o divino. Saibamos cumprir o projeto para o qual fomos chamamos desde o nosso nascimento e que se atualiza no hoje de nossa história por meio de pequenas ações, entregas e sacrifícios de nossas vontades.

domingo, 27 de janeiro de 2013

“Se um reino divide-se internamente, não pode manter-se”

Segunda feira da III Semana do Tempo Comum
28 de janeiro de 2013

“Se um reino divide-se internamente, não pode manter-se” (Mc 3, 24)

Jesus, Filho de Deus, age em comunhão com o Pai, segundo à sua vontade. O Deus cria e o Filho redime, não há contradição nessas ações, mas continuidade. Há um único projeto: a salvação de todos os homens.
Devemos pensar e viver também segundo essa ordem, dentro desse único projeto de vida que escolhemos, colocando todas as nossas forças para a sua realização. Se dividimos nossas forças no caminho, arriscamos o fim. Aliás, nunca chegaremos a um fim preciso.
Manter os olhos filhos em Jesus é ordenar a nossa vida em uma única direção, sem desvios nem atalhos. É manter a integridade de nossa identidade que se conforma a cada dia ao espírito do Filho, que soube viver unicamente segundo a vontade do Pai.

“Os olhos de todos na sinagoga estavam fixos nele”

III Domingo do Tempo Comum
27 de janeiro de 2013


“Os olhos de todos na sinagoga estavam fixos nele” (Lc 4, 20)

O evangelista Lucas inicia a sua narração apresentando um princípio fundamental daquele que anuncia: o seu testemunho parte de um dado histórico. A escrita e o ensinamento é posterior a sua experiência. A sua palavra porta consigo um conteúdo de vida. O que se ensina não é uma filosofia de vida, um método de santidade, ou um caminho de bem estar. O conteúdo de seu anúncio é o evento culminante da história humana: Deus se faz presente em nosso meio por meio de Jesus.
É nesse mesmo sentido que Jesus volta a Nazaré, “onde se tinha criado” (4, 16). Somente partindo desse evento histórico podemos compreender a aproximação de Deus em nossa humanidade. Deus não se limita à sua transcendência, mas deseja comunicar-se com os homens e revelar o seu projeto de salvação aos homens. Mas como ele revela essa salvação? Por meio de quem ou de que?
“O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me ungiu, para anunciar a Boa-Nova aos pobres” (4, 18). Eis o grande evento: Jesus cumpre a promessa de um Messias, o ungido do Senhor, aquele que viria salvar definitivamente o povo de Israel. Anunciando a Boa Notícia, libertando e iluminando os homens. É Verdade enquanto anuncia a verdadeira identidade do homem como filho de Deus. É Caminho enquanto liberta o homem dos pecados e dá a ele a possibilidade de realizar um novo caminho. É vida enquanto ilumina, dá novo sentido aos passos humanos, um trajeto e um fim a ser cumprido.
Em um mundo que nos apresenta tantos caminhos, desvios, atalhos, somos chamados a olhar para Cristo como único caminho que nos porta à verdadeira vida. Esse caminho não é ideal, mas se realiza em nossa história, no hoje de nossos projetos, de nossas metas cotidianas. Um caminho que, mesmo sendo firme e certo, nem sempre é claro, nítido aos nossos olhos limitados.
Saibamos manter os olhos fixos em Jesus. Ele é princípio e fim de um projeto humano que nos porta definitivamente a Deus. Nele, se concentra toda a nossa humanidade, ferida, limitada, mas marcada pelo amor de Deus que cura e restaura todo aquele que o busca de coração livre, decidido e sincero.

sábado, 26 de janeiro de 2013

“Ele está ficando louco”

Sábado da II Semana do Tempo Comum
26 de janeiro de 2013

“Ele está ficando louco” (Mc 3, 21)

A missão de Jesus era realmente fora de todas as categorias humanas e até mesmo racionais. Ele não buscava agradar àqueles que estavam ao seu redor, nem dizer palavras de conforto àqueles que necessitavam. Sua missão era proclamar a realidade do Reino de Deus.
Entrar nessa dinâmica de Jesus é assumir o que podemos chamar de “loucura da santidade”. É saber sair da lógica da humanidade que tenta construir homens à sua imagem e semelhança, todos iguais ou conforme o seu interesse.
Não podemos afirmar a nossa identidade agradando aos outros. É preciso assumir esse caminho conformando a nossa vida a Cristo, seguir os seus passos em uma loucura que tinha um único objetivo: realizar a vontade do Pai.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

“Ide pelo mundo inteiro...”

Conversão de São Paulo
25 de janeiro de 2013

“Ide pelo mundo inteiro...” (Mc 16, 15)

A instituição da missão dos discípulos por parte do Ressuscitado torna visível o caráter público de nossa fé. Os dons recebidos de Deus não foram dados para permanecerem fechados em nossa individualidade, mas são sinais que devem ser irradiados ao mundo.
Eis o grande significado da conversão de São Paulo, o seu zelo por Deus e pela lei foi purificado, chegou ao seu verdadeiro sentido por meio de Jesus, o nazareno. Todas as suas ações ganharam um novo sentido e um novo fim, ele assumiu, de fato, uma nova direção.
Deixemo-nos cair do nosso orgulho para experimentar a grande riqueza de ser filhos. Saibamos irradiar ao mundo essa luz que cega os olhos de quem ainda continua cheio de si. Transformemos nossa vida em sinal para que, por meio dela, possam ver a luz de Cristo.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

“Eu vos chamo amigos”

Memória São Francisco de Sales
24 de janeiro de 2013

“Eu vos chamo amigos” (Jo 15, 15)

Os santos são foram aqueles que não pecavam ou que obedeciam cegamente a todas as normas da Igreja. Mas eram aqueles que tinham uma particular amizade com Cristo. Não era uma amizade servil, escrava ou prisioneira, mas livre, fundada no amor recíproco.
O verdadeiro amigo é aquele que conhece o outro. Conhecendo, sabe dos pontos fracos e fortes e quando pode ajudar. Essa relação, entretanto, se fundamenta na plena liberdade do outro. Fundada no amor, a verdadeira amizade não pode escravizar.
Abramos o nosso coração para uma verdadeira amizade fundada no amor de Cristo por nós. Ele não desfigura a nossa liberdade, mas, ao contrário, revela a sua verdadeira imagem. Somente ela nos faz participar da grande alegria que é estar em comunhão com Deus.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

“Entristecido pela dureza dos seus corações”

Quarta feira da II Semana do Tempo Comum
23 de janeiro de 2013

“Entristecido pela dureza dos seus corações” (Mc 3, 5)

A tristeza de Jesus é a mesma tristeza de um pai diante de um filho que o rejeita. A lei havia cegado os seus corações. A lógica do amor havia sido transformada em observância cega. Tudo isso inserido no contexto de uma intocável liberdade.
Deus afirma a nossa centralidade e superioridade na criação, confirma a nossa dignidade de Filhos prediletos, vem ao nosso encontro para nos santificar. Entretanto, com apenas um “não” podemos destruir todo esse projeto em nossa vida.
Deixemo-nos modelar-se por esse projeto de Filhos. Ele não vai além daquilo podemos realizar. Pelo contrário, ele realiza em nós tudo aquilo que somos. Nos dá uma integridade de homens criados à imagem de Deus.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

“O Filho do Homem é Senhor também do sábado”

Terça feira da II Semana do Tempo Comum
22 de janeiro de 2013 

“O Filho do Homem é Senhor também do sábado” (Mc 2, 28)

Nenhuma lei que Deus nos dá é para nos oprimir. Toda norma, por menor que seja tem a função de educar o homem de colocá-lo em um caminho determinado. É nesse sentido que ela é serva do homem, não sua dominadora.
É natural de nossa humanidade tender para o mais fácil, para o mais cômodo, para aquilo que não apresenta sacrifícios. A lei é pedagógica por nos faz caminhar, nos exercita para chegar a determinado fim.
Que nós possamos tomar posse das leis que nos são dadas e fazer delas, mecanismos de elevação de nossa humanidade. Ela ajuda a quebrar o nosso eu ferido pelo orgulho e afetado por um egoísmo que nos faz apenas permanecer parados em nosso próprio “eu”.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

“Eu quero, seja purificado”

11 de janeiro de 2013

“Eu quero, seja purificado” (Lc 5, 13)

Colocar-se aos pés de Jesus: essa é a única condição para a nossa purificação. Ele não coloca impedimentos ou restrições para nos curar, mas busca apenas o nosso sim, o nosso ato de fé em sua Palavra de Vida.
Deus não age contra a nossa liberdade, Ele não pode fazê-lo. A Sua postura é sempre de espera, aguardando-nos ir ao eu encontro para, só assim, nos acolher. As nossas curas são consequências de nossa opção por Cristo: só ele transforma morte em Vida.
Precisamos dar um passo à frente, ter a iniciativa de ir ao encontro do Filho de Deus e confiar em seu poder de restauração. É só no contato permanente com Deus que nossas inconsistências desaparecem fazendo surgir aquilo que é realmente humano.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

“Os olhos de todos eram fixos nele”

10 de janeiro de 2013

“Os olhos de todos eram fixos nele” (Lc 4, 20)

O conceito de messianismo se desenvolve e amadurece em todo o Antigo Testamento e encontra em Jesus Cristo o seu cumprimento. Ele é o evento de salvação pleno entre Deus e os homens, a Nova e Eterna aliança realizada pelo sangue do Filho.
Se compreendermos esse processo como tal, Jesus torna-se o ponto de convergência de um processo salvífico que nasce com a própria humanidade. O homem caído vê no Filho de Deus a sua nova esperança, volta os seus olhos definitivamente para ele.
Em um mundo de muitas falsas esperanças, precisamos fixar os nossos olhos naquilo que é necessário e absoluto em nossa história. No Cristo, vemos que a salvação não é somente possível, mas realiza-se. Ele é o Messias prometido e esperado.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

“... o vento era contrário”

9 de janeiro de 2013

“... o vento era contrário” (Mc 6, 48)

Jesus caminha sobre as águas porque é Senhor da natureza, domina-a. Na encarnação ele realiza o maior de todos os antagonismos: o divino que se faz humano, o eterno que se materializa. Ele arrisca a sua própria essência para nos salvar.
O mundo parece ser contrário àqueles que buscam seguir as ordens de Deus. A natureza parece querer negar a nossa caminhada rumo à santidade. Entretanto, Cristo está acima de todas essas realidades, só ele pode trazer paz às nossas lutas.
Saibamos confiar no senhorio de Deus sobre a nossa vida e em nosso mundo. Sendo Deus ele entra em nossa humanidade e a transforma, porta-a ao seu plano originário: caminhar para a salvação e viver plenos de Sua presença.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

“...e sentiu compaixão”

08 de janeiro de 2013

“...e sentiu compaixão” (Mc 6, 34)

Jesus só é capaz de sentir verdadeira compaixão porque se faz um de nós, porque assume todas as dimensões essenciais de nossa humanidade. Ele nos ensina que nossa vida só terá sentido se ela torna-se pão, mistério de entrega de si.
O alimento para a nossa existência não precisamos comprá-lo ou trocá-lo por algo, ele está presente em nós mesmos. É sabendo “fazer-se pão” que o homem toma sua parte no divino. Isso é o que dar “sabor”, dar “gosto”, um sentido à nossa vida.
O Senhor continua a nos perguntar o que temos para oferecer ao mundo e aos homens? O que nos sobra? Uma parte de nosso tempo? Uma parcela de nossas ações? Ou que toda a nossa vida torna-se alimento, oferta agradável ao outro que tem fome de Deus?

domingo, 6 de janeiro de 2013

“O povo que habitava nas trevas viu uma grande luz”

7 de janeiro de 2013

“O povo que habitava nas trevas viu uma grande luz” (Mt 4, 16)

Mateus vê em Jesus o cumprimento da profecia de Isaías. Ele é luz que bilha nas trevas, que destrói a escuridão por que dá a ela um novo sentido, a possibilidade de ser descoberta e compreendida.
Em nosso mundo, muitas são as luzes que brilham em nossos olhos, que nos atrai pela sua força, pelo seu fulgor. Entretanto, todas elas têm o seu ocaso, um dia se apagam, perdem a sua força e desaparecem.
Só Cristo é a verdadeira Luz. O seu brilho é eterno porque provém de sua própria existência, ele é a Luz. Deixemos ser atraídos por essa luz, saibamos ver o mundo e as coisas irradiados por essa claridade que não tem fim.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

“Vem e segue-me”

4 de janeiro de 2013

 

“Vem e segue-me” (Jo 1, 39)

O contato humano com Jesus vai muito além de uma experiência sensível ou de uma reflexão filosófico-teológica. Ao contrário, inclui essas realidades, mas é sempre mais. É uma relação pessoal que implica todo o nosso indivíduo, todas as nossas faculdades.
Todo homem é marcado por esse desejo de uma relação com um outro que lhe é externo. O pecado, muitas vezes, é como “errar o alvo” nessa tentativa. Em Deus, sendo ele o fim último de nossa existência, vemos que essa busca é plenamente satisfeita.
Nessa relação, Deus sempre abre às portas para nós e nos convida à sua comunhão. Entretanto, esse contato depende da liberdade humana que pode abraçar ou rejeitar esse convite de seguir e permanecer em nossa única e definitiva morada: nos braços de Deus.

“Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo”

3 de janeiro de 2013

 
“Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29)

Jesus é o Cordeiro de Deus por que vem ao mundo com a missão de nos salvar. Portando os nossos pecados sob a sua humanidade ele cumpre a pena que nós merecíamos. Entregando a sua vida até à morte ele paga a nossa dívida.
Assumindo a nossa humanidade ele porta a cumprimento o projeto de Deus que busca elevar a nossa humanidade à sua altura. Essa elevação, entretanto, só se realiza quando nós assumimos essa dinâmica, quando nos deixamos ser portados pelo mistério de Cristo.
Sentir-se grato diante desse mistério é a primeira postura daquele que busca seguir esse caminho. Essa via, entretanto, implica dores, sacrifício entrega de si, perdas, sinais que definem a identidade do cordeiro que é entregue para dar a vida.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

“Eu sou a voz de quem grita no deserto”

2 de janeiro de 2013


“Eu sou a voz de quem grita no deserto” (Jo 1, 23)

O anúncio de João Batista é testemunho daquele que se faz mensageiro de Deus. João é o último profeta, a última voz que anuncia e prepara a vinda do Messias. Nessa identidade, ele se coloca como meio, instrumento através do qual a Palavra é anunciada.
Essa Palavra, entretanto, é lançada no deserto, é anúncio aparentemente perdido em uma sociedade que prefere escutar os próprios sons e as próprias falas. É ação que se confronta com o mistério da liberdade humana e exige dela uma resposta.
Escutar essa voz exige de nós uma adesão integral. Como Palavra de Vida, ela não porta consigo uma informação qualquer, mas a essência de nossa própria existência. Escutá-la implica-nos nessa mensagem, abre-nos ao projeto de Deus em nossa história.