Segunda feira, 2 de fevereiro de 2015
“Meus olhos viram a tua salvação” (Lc 22,30)
Mas o que os olhos de
Simeão viram? Uma luz. Mas essa não era qualquer iluminação. Era a esperança do
povo de Israel que se cumpria. Uma esperança que não era passiva, mas exigia
dele uma disposição: entrar na dinâmica da Luz.
Essa Luz, porém, não era
vazia de matéria. Ela provém de um fogo que queima mas não devora. Como o ouro
e a prata, esse fogo purifica quem dele se aproxima. Porém, é preciso tocá-lo. A
dor desse toque virá de uma perda que se faz necessária.
Deixemo-nos ser tocados
por essa Luz. Permitamo-nos ser purificados nesse fogo que queima tudo o que
não serve e nos deixa com o que é essencial. A prova de que estamos prontos
será quando o Artista conseguir ver em nós, ouro fino, a sua Face.
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