X Domingo do Tempo Comum
9 de junho de 2013
“Jovem,
eu te ordeno, levanta-te” (Lc 7,14)
Quantas mães, no dia de
hoje estão sofrendo pelos seus filhos? Quantas delas se veem sozinhas para
dar-lhes uma educação e não encontram nenhuma ajuda? Quantos de nós preferimos
cuidar de mortos e doentes, lamentar perdas e enterrar sonhos que buscar um futuro
digno para os nossos jovens e apresenta-lhes uma razão para viver?
A viúva de Naim é o ícone
dessa mãe que chora a morte do seu único Filho. Ela se vê sozinha e desamparada.
Da mesma forma a mulher que acolhera Elias em sua casa se lamenta pelo seu filho
doente acusando suas próprias faltas de mãe como causa daquela enfermidade.
Esses jovens perdem a
vida porque lhes faltam oxigênio, forças para continuar em pé, um amparo em um
momento tão turbulento de suas vidas. Palavras, regras, responsabilidades
perdem seu efeito em um momento em que lhes falta norte, garantias, sentido de
vida. Isso, na verdade, é o que sufoca nossos jovens, deixando-os mortos.
Jesus sente compaixão
daquela mãe. Reconhece a dor de alguém que está só na grande responsabilidade que
é a educação. Que é apresentar a vida em sua dura realidade, com suas alegrias
e tristezas, que essa tem um sentido, que vale a pena ser encarada, apesar de
suas limitações.
Elias invoca o espírito
do Senhor. Espírito de força, coragem, esperança. Pede que as faltas daquela mãe
não sejam imputadas em seu Filho. Intercede por ela, que é mais uma vítima de
uma sociedade que mata seus jovens sufocando os seus sonhos. O profeta mostra
que ninguém é criado para ser condenado, que o destino de todos é a vida de em
Deus.
Jesus se aproxima
daquele jovem e o toca. Restaura a sua vida e o devolve à sua mãe. A vida em
Cristo é capaz de restaurar histórias, recompor projetos, renovar sonhos
deixados de lado. Ela dá um novo espírito, um ânimo diverso do mundo, que o
ajuda a enfrentar as cruzes da vida com realismo e decisão.
Maria é o exemplo
daquela que soube enfrentar todas essas dinâmicas de sua história. O Espírito
do Senhor a encorajava a aceitar aquele projeto que ia de encontro à “normalidade
da social”. Sozinha, ela encarou a grande tarefa da educação que encontra o seu
fundamento na esperança em Deus como princípio e sentido da vida humana.
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