Quinta, 26 de janeiro de 2012
“Não
há nada de oculto que não venha a ser manifesto” (Mc 4, 24)
O Evangelho nos
apresenta uma verdade basilar da vida cristã e, conseqüentemente, do homem: não
somos donos da verdade. Isso porque, segundo Jesus, a Verdade por si mesma se
mostra, se impõe. E, além disso, definir e julgar o outro significa esquecer a
si mesmo. Ao querer colocar os outros em certas categorias, corremos o risco de
cair nelas mesmas.
Não temos o direito de
dizer a verdade sobre o outro porque não a possuímos, ao podemos construí-la.
Ela vai além de nossas compreensões. Não conhecemos o outro inteiramente,
tampouco o mundo que o leva a agir de determinadas formas. Ao olhar
demasiadamente para fora de si, esquecemos também que estamos na mesma
realidade, que podemos cometer os equívocos que condenamos, ou ainda piores.
Construamos em nós um
espírito de humildade e humanidade diante do outro. Foi esse mesmo espírito que
fez com que Cristo fosse luz para as nossas vidas. Como Verdade pronunciada
pelo Pai, ele não se impôs a nós. Nossa liberdade pode aceitá-lo ou não, fazer
segui-lo ou buscar outros caminhos. Mas uma coisa é certa: a sua glória é a
certeza de que ele é lâmpada que vale a pena ser acesa e colocada no centro de
nossas vidas.
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