segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Segunda da IV Semana do Tempo Comum

Segunda, 30 de janeiro de 2012

“Ele morava nos túmulos...” (Mc 5, 3)

A dor humana, mais do que uma carência ou deficiência, muitas vezes prossegue por que tendemos ao comodismo. A dor daquele homem morava no meio dos túmulos aumentava a cada dia por que ele morava no meio dos mortos, distante da vida. Não queria a ajuda de ninguém. Jesus, por outro lado mostra o lado imundo e doloroso do pecado e que seu fim sempre é o caos da existência e as profundezas da destruição.
Reclamamos muitas vezes das provações que nos são dadas, mas esquecemos que também somos nós que gostamos de chafurdar na lama de nossos erros. Gostamos de permanecer no desvio e reclamar que não há saída. A imagem do homem limpo, sentado, em seu perfeito juízo nos aponta para a proposta querida por Deus. A questão não é morrer ou sofrer pelo que não temos, mas viver e alegrar-se com aquilo que nos é dado para o nosso próprio crescimento humano.
Aprendamos a sair da lama de nossas desgraças. Elas, com certeza, não vão deixar de existir, mas sapatear sobre elas muitas vezes pode ser um tempo perdido, uma oportunidade que poderíamos gastar com o que seria proveitoso para as nossas vidas. Lutemos por nossa história, saibamos assumir as rédeas de uma jornada no qual somos os protagonistas. A nossa vida vai muito além dos nossos erros, descubramos a sua grandeza do seu mistério e a beleza que há nela.

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