domingo, 15 de janeiro de 2012

Um encontro transformador


“Encontramos o Cristo” (Jo 1, 41)

Nenhum encontro é insignificante, todos eles mudam alguma coisa em nossa vida. Alguns nos deixam mais felizes, outros, mais tristes. Uns nos entusiasmam, outros não. Tem gente que, quando conversamos, cria em nós uma esperança de vida, outros nos fazem questionar o seu sentido. A cada encontro um novo olhar.
No Evangelho, Jesus, Palavra de Deus, pronunciada no tempo como Verbo e enviada entre os homens como cordeiro, quer realizar conosco esse mesmo encontro: “Vinde e vede” (Jo 1, 39). Porém, para que isso ocorra é preciso seguir os seus passos, as suas ações, o seu modo ser e viver. Esse encontro, quando verdadeiro, gera em nós uma conversão (Cf. Jo 1, 42), um novo modo de entender o mundo e agir sobre ele.
Esse encontro, entretanto, não pode se realizar se não ouvimos a voz dessa pessoa, se não dialogamos com ela para sabermos a sua intenção: “Fala Senhor que o teu servo escuta” (1Sam 3, 10). A missão de Samuel começa a partir do momento que ele compreende que suas ações não devem ser para os homens, é preciso ouvir sempre e primeiro a voz de Deus Pai.
Entretanto, esse contato pessoal vai além do ouvir e do ver, ele nos torna semelhante àquele com o qual nos relacionamos. Por ser Vivo, ele gera em nós um novo Espírito, ou melhor, nos faz ver o Espírito de Deus presente em nossa existência. Deste modo, nos exorta São Paulo: “Então, glorificai a Deus no vosso corpo” (1 Cor 6, 20). É em nossa própria vida que esse contato se manifesta, nos faz diferentes e melhores, semelhantes à aquele Verdadeiro e Único amigo.
Tenhamos a coragem de buscar esse encontro com Cristo. Por ser pessoal é uma experiência com um Deus vivo, que anda conosco e transforma o nosso modo de ser. Para que ele ocorra é necessário seguir os passos de Jesus olhar o local onde ele se faz presente e permanecer nessa morada.
Maria é a testemunha desse encontro transformador. Ela, que foi a primeira morada do Salvador foi também a primeira que habitou com ele. A comunhão carnal com o Filho de Deus fez dela a primeira anunciadora do Verbo de Deus presente em nossa história. O seu sim abriu para a humanidade as portas para o encontro entre Deus e os homens, um encontro transformador.

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