“Permanecei
em mim e eu permanecerei em vós” (Jo 15, 4)
Deus revela o seu
projeto de amor pela humanidade por meio de seu filho Jesus Cristo. Ele é quem
porta à humanidade à verdadeira alegria de Filhos de Deus. Entretanto, para que
isso se realize, é preciso que nós estejamos em comunhão com ele, ligados às
suas palavras e ações. Só deste modo, receberemos o cuidado necessário que o
Pai dá aos seus filhos amados.
A partir dessa união,
seremos capazes de gerar frutos de alegria em nossa vida. Seremos transmissores
da própria Vida que tem Cristo como princípio e fim. “Todo ramo que não dá
fruto em mim, ele o corta; e todo ramo que dá fruto ele o poda para dê mais
frutos” (Jo 15, 2). A vida ou a morte é consequência lógica de nossa escolha. O
mal é o distanciamento gradativo dessa fonte de Vida fundamentada em Jesus.
É a Palavra de Deus
quem modela, define, limita, “poda” a nossa existência. Só ela nos conforma à
realidade do Cristo, Verbo Eterno de Deus. É por meio dela que somos aptos a
gerar frutos.
Entretanto, a exigência
fundamental para que essa comunhão seja plena é a perseverança: “Como o ramo
não pode dar frutos por si mesmo se não permanece na videira, assim nem mesmo
vocês, se não permanecerem em mim” (Jo 15, 24). Só Deus dá vida ao mundo, se
queremos essa vida devemos ser participantes de sua divindade, e isso só se
realiza por meio do seu filho: Videira, na qual somos os ramos.
“Quem permanece em mim
e eu nesse, este dá muitos frutos, por que sem mim não podeis fazer nada” (Jo 15,
5). Aqui está sintetizada toda a doutrina cristã e chave de compreensão
eclesial. Cristo é o tronco da videira, nós, os ramos. A partir dele, podemos
compreender a dinâmica de uma nova humanidade, iluminada pela sua Palavra,
fortalecida pelo seu Espírito, mantida e auxiliada pela providência do Pai.
O fruto definitivo
dessa videira é a grande alegria dos filhos de Deus, encontrar nessa comunhão o
sentido último de nossa humanidade: filhos de um mesmo Pai, ramos de uma mesma
videira, membros de um mesmo corpo.
Esta e a glória
definitiva de Deus: um homem construído à sua imagem e semelhança. À imagem do
Cristo, Verdadeiro Homem, unidos ao Espírito Santo, princípio e fonte de toda
comunhão, sob a ação providente e amorosa do Pai, que cria, cuida e mantém a
grande obra chamada humanidade.
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