segunda-feira, 7 de maio de 2012

Frutos de felicidade


“Permanecei em mim e eu permanecerei em vós” (Jo 15, 4)

Deus revela o seu projeto de amor pela humanidade por meio de seu filho Jesus Cristo. Ele é quem porta à humanidade à verdadeira alegria de Filhos de Deus. Entretanto, para que isso se realize, é preciso que nós estejamos em comunhão com ele, ligados às suas palavras e ações. Só deste modo, receberemos o cuidado necessário que o Pai dá aos seus filhos amados.
A partir dessa união, seremos capazes de gerar frutos de alegria em nossa vida. Seremos transmissores da própria Vida que tem Cristo como princípio e fim. “Todo ramo que não dá fruto em mim, ele o corta; e todo ramo que dá fruto ele o poda para dê mais frutos” (Jo 15, 2). A vida ou a morte é consequência lógica de nossa escolha. O mal é o distanciamento gradativo dessa fonte de Vida fundamentada em Jesus.
É a Palavra de Deus quem modela, define, limita, “poda” a nossa existência. Só ela nos conforma à realidade do Cristo, Verbo Eterno de Deus. É por meio dela que somos aptos a gerar frutos.
Entretanto, a exigência fundamental para que essa comunhão seja plena é a perseverança: “Como o ramo não pode dar frutos por si mesmo se não permanece na videira, assim nem mesmo vocês, se não permanecerem em mim” (Jo 15, 24). Só Deus dá vida ao mundo, se queremos essa vida devemos ser participantes de sua divindade, e isso só se realiza por meio do seu filho: Videira, na qual somos os ramos.
“Quem permanece em mim e eu nesse, este dá muitos frutos, por que sem mim não podeis fazer nada” (Jo 15, 5). Aqui está sintetizada toda a doutrina cristã e chave de compreensão eclesial. Cristo é o tronco da videira, nós, os ramos. A partir dele, podemos compreender a dinâmica de uma nova humanidade, iluminada pela sua Palavra, fortalecida pelo seu Espírito, mantida e auxiliada pela providência do Pai.
O fruto definitivo dessa videira é a grande alegria dos filhos de Deus, encontrar nessa comunhão o sentido último de nossa humanidade: filhos de um mesmo Pai, ramos de uma mesma videira, membros de um mesmo corpo.
Esta e a glória definitiva de Deus: um homem construído à sua imagem e semelhança. À imagem do Cristo, Verdadeiro Homem, unidos ao Espírito Santo, princípio e fonte de toda comunhão, sob a ação providente e amorosa do Pai, que cria, cuida e mantém a grande obra chamada humanidade.

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