“O
vosso Pai sabe do que precisardes, antes de vós o pedirdes” (Mt 6, 8)
A oração cristã não se
fundamenta em discursos, argumentos ou louvor, mas em um diálogo. Parte de uma
interação pessoal, familiar com o Pai do Céu. A postura exigida para tal não
pode ser outra que de filhos, ou seja, subordinados, mas em comunhão plena com
o nosso genitor. Essa interação gera implicações, pois se estamos diante de um
mesmo Pai, estaremos ao lado de outros irmãos.
A oração não é um
pedido, uma fórmula mágica com a qual chego a determinados objetivos. Ela deve
ser, antes de tudo, uma postura de vida, compreendendo Deus em seu devido
lugar, Senhor da Vida e da história, nosso Pai. Com ela, nos é modelado o coração
de filhos. Filiação que implica fraternidade, colocando-se ao lado do outro
como família, fazendo-o um verdadeiro irmão.
Concedei, Senhor, a
graça de vos chamar verdadeiramente de Pai. Que essa filiação faça nascer em
nós a bondade de filhos e a força de irmãos. Que a nossa relação seja de
comunhão plena, como a de Jesus Cristo. Ele, como verdadeiro e único filho, compreendia
bem que o único alimento e riqueza da vida humana era fazer a Sua vontade.
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