Segunda, 31 de outubro de 2011
Receberás
a tua recompensa na ressurreição dos justos (Lc 14, 14)
Dentro de uma cultura
como a nossa, voltada para a quantificação das coisas e das pessoas,acabamos
por assumir essa mesma visão calculista. O prejuízo nas relações começa a
surgir quando passamos a agir segundo um nível de cálculo. Vivemos interessados
no que vamos receber, no que pensarão em relação a mim, nos benefícios que
receberemos ao fazer determinada atividade. Enfim, tudo gira em torno do Eu
interessado em si mesmo.
No evangelho Jesus nos
ensina a entrar na dinâmica de uma verdadeira caridade, a que se fundamenta no
mistério da gratuidade. Essa se caracteriza por um amor desinteressado, um
pensar no outro sem esperar nada em troca e, mais do que isso, um olhar e agir
sobre a necessidade do outro sem interessar-se por retribuição.
Jesus, em si mesmo, é o
ícone desse amor gratuito. Ele é sinal de um amor de Pai que busca o bem dos
filhos e mistério de um filho que dá a vida pelos amigos. É amor gratuito por
que não o merecemos, ele nos é dado por um mistério de liberdade que ultrapassa
a nossa compreensão.
Esse fato deve nos
impelir a viver essa gratuidade de uma vida que em Cristo se faz plena.
Compreendendo a vida como um dom podemos agir de forma menos interesseira, pois
já não nos colocaremos mais no centro de nossas ações. Mais do que isso,
receberemos a plenitude de uma vida justa, já que aprenderemos a nos colocar no
nosso verdadeiro lugar.
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