Ai de ti...
Se um dia qualquer estivéssemos
realizando um turismo em uma das florestas na Amazônia e, em algum momento eu
me desviasse, querendo ou não. O guia certamente me chamaria à atenção,
tentaria me ensinar o caminho correto que estavam em seguir os seus passos. A
questão é sempre a mesma: eu posso ouvi-lo, ou não...
O profeta Baruc descreve:
“pecamos contra o Senhor, temos desobedecido, não temos escutado a voz do
Senhor, nosso Deus, que ensinava a caminhar segundo os decretos que o Senhor
nos havia colocado diante de nós” (Bc 1, 17-18). Cristo, em seu evangelho
complementa: “Que vos escuta, escuta a mim. Quem vos despreza, despreza a mim. E
quem despreza a mim, despreza aquele que me enviou” (Lc 10, 16).
Deus é o nosso guia não
por que ele tem desejo de mandar e nos subordinar à sua voz. Ele é guia por que
conhece todas as realidades dessa grande floresta que é a existência humana.
Mas ele não exorta apenas como quem conhece teoricamente a floresta, ele sabe
porque viveu nesse espaço, conhece onde estão todas as feras. Ele reconhece
todos os caminhos, desvios e o fim que desse ser atingido.
Ele, nessa trilha, sempre
está a nos ensinar: “Cuidado aqui!”, “Permaneça atento nesse local”, “Ali estão
as feras”... Quando caímos ou temos dificuldade em algum percurso, ele pode nos
ajudar a andar. Porém, uma única coisa que ele não pode fazer é nos arrastar
forçadamente para o caminho que se quer deseja, temos que ouvi-lo.
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