Imaginemos um mundo sem
ordem, sem princípio nem fim. Uma comunidade onde os homens se compreendessem
apenas como filhos do caos, do acaso... Uma vida onde qualquer sentimento fosse
“doença”, a esperança fosse ilusão, o sonho, delírio... Onde as relações se
fundamentassem apenas no ritmo da sobrevivência, do instinto, de uma vida sem
ontem nem amanhã, em um hoje eterno...
Seria um mundo onde a
liberdade, com certeza, não existiria, já que os conceitos de bem e mal também
não seria compreendidos, verdadeiro e falso não seriam categorias da realidade.
O “outro” não existiria já que o “eu” não se compreenderia como tal. Um mundo
onde o corpo seria o centro de tudo e suas necessidades, a única forma de ação
e interação.
Precisamos colocar os
pés no chão e compreender que somos muito mais do que animais. Temo uma razão
para colocar-se no tempo, mas não sentir-se perdidos em seu percurso. O
silêncio desse dia nos ajuda a repensar o nosso passado, projetar o nosso
futuro, vivendo o presente que nos é dado. Não somos filhos do caos, há em nós
uma fagulha de vida, vida eterna, que nos faz sair do tempo e ver que há um
sentido, um caminho e um fim...
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