15 de setembro de 2011
Tornou-se causa de salvação eterna para todos que lhe obedecem
A liturgia de hoje ainda nos faz entrar no grande, complexo e árduo mistério da obediência. Marcado pelo pecado dos nossos primeiro pais, tentamos fugir de tudo aquilo que nos possa dominar, queremos ser, por nós mesmos, conhecedores e, mais do que isso, definidores do bem e do mal.
Jesus é a plenitude dessa obediência quando na Cruz entrega a sua vida. Esse não foi um projeto planejado de salvação, mas uma realidade abraçada para que todos conquistassem a vida. Deste modo, nos diz o autor da Carta aos Hebreus: “aprendeu a obediência da qual participou e tornou-se perfeito” (Hb 5, 8s). Sim, Cristo tornou-se perfeito por que aceitou, com toda a sua vida, à vontade de Deus Pai.
Aquela jovem de Nazaré que, no início, entrega-se processo de encarnação do Verbo de Deus, vai até o fim com a sua Palavra. Maria, diz o evangelho de João, estava “junto à cruz” (Jo 19, 25). Ela estava sofria, também de forma carnal, por que tinha sido parte integrante da encarnação do Verbo de Deus. Nós a chamamos de Virem das Dores por que, de tão próxima que estava da cruz, sentia, em si mesma, as dores daquele Sim que se fez homem.
Tais mistérios que hoje celebramos não são histórias bonitas de grandes personagens históricos, mas uma luz para todos aqueles que buscam um sentido para as suas vidas. Em um mundo marcado pelo prazer sem limites, a proposta da obediência, que implica em um sacrifício de nossas próprias vidas, é caminho de salvação porque se desenvolve a partir de um contínuo Sim àquele que é a Plenitude da vida.
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