14 de setembro de 2011
Cristo fez-se semelhante aos homens
Em uma realidade que difunde o prazer a todo custo, uma liberdade sem limites e uma moral relativista, conceitos como disciplina, esforço e sacrifício vão desaparecendo do vocabulário humano. Quando não, tornam-se ternos negativos.
Quando o povo que tinha sido libertado por Deus começou a reclamar da situação em que viviam e a maldizer o momento em que estavam começaram a surgir serpentes entre eles. O homem quando não compreende a situação em que vive e a rejeita começa a viver em uma espécie de inferno, ou seja, a dor por estar distante do sentido de sua vida.
Deus não retira a serpente do meio deles, pelo contrário, manda que seja feita uma serpente de bronze. Deste modo: “Quando uma serpente havia mordido alguém, se esse olhava a serpente de bronze ficava curado” (Nm 21, 9). Esta pedagogia divina aponta para o fato de que os próprios males e as nossas próprias experiências de dificuldades são instrumentos que podemos utilizar para curar-nos.
A salvação daquele povo deveria partir de um olhar, “olhar para a serpente”, olhar para o problema e ver nele a possibilidade de cura.
Cristo, no Novo Testamento é essa nova realidade que é posta no alto para que pudesse ser contemplado. Aquele que “se fez pecado” é também alçado em uma cruz “para que todo aquele que nele crer tenha a vida eterna” (Jo 3, 14).
Mas, se é difícil compreensão de um Deus que se faz pecado e sofre pelos seus, mais complexo ainda é a promessa de que tudo isso gera ressurreição, gera vida em plenitude de uma vida. Entretanto, o ápice desse paradoxo se resolve no aleluia pascal.
É preciso, portanto, que nós também aprendamos a alçar nossas serpentes, olhar para elas e, como Cristo, transformá-las em vida, em possibilidade de felicidade, de vida eterna.
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