13 de setembro de 2011
Deus visitou o seu povo
Por que o mistério da encarnação, devido a sua grandeza e eficácia, não converteu a todos os homens?
Apesar de frágeis e limitados, somos indivíduos orgulhosos. É difícil pensar em um Deus que se faz homem e habita entre nós. Seria muito mais legítimo que Ele, em toda a sua glória, viesse e salvasse todos os homens com uma só aparição. Para muitos, seria mais “divino”.
Porém, o conceito de “divindade” se confunde com o de plenitude. Ao afirmar que algo está ou já é em sua plenitude, já poderíamos chamá-lo de “divino”. O homem, de fato, nunca pode chegar, no período de sua vida na terra, a um estágio de perfeição, já que a imperfeição da matéria o corrompe, mas ele pode construir a plenitude daquilo que lhe é mais próximo: a humanidade.
Muitos olham para Jesus Cristo apenas como o grande homem que realizou magníficos milagres. Estes esqueceram, porém, que sua divindade por confirmada quando ele abraçou tudo o que era plenamente humano.
“Vendo-a [a viúva], o Senhor sentiu grande compaixão por ela” (Lc 7, 13). Jesus não curou o filho daquela mulher por que queria mostrar o poder de sua divindade. Pelo contrário, o milagre partir exatamente porque estava carregado de um sentimento plenamente humano: a compaixão.
Que nós também possamos buscar construir uma santidade em nossas vidas não pelo que nos torna divindades ou grandes, – já que esse foi o motivo do pecado dos nossos primeiros pais – mas por aquilo que nos torna mais plenos, mais humanos.
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