sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Sexta feira da XXV Semana do tempo Comum

Sexta feira, 23 de setembro de 2011

O meu Espírito estará com vós, não temais (Ag 2, 5)

 Muitos são os temores de quem busca seguir o caminho da Palavra de Deus. Ele torna-se incerto para a nossa falha compreensão por que nos lança em uma realidade imaterial, uma vida no Espírito.
Em sua caminhada terrena, o homem sempre busca seguranças para a sua caminhada. Ele teme que lhe falte alimento, certo conforto para o corpo, um grupo de amigos para a vida comunitária e um trabalho como inserção na estrutural social.
Esse movimento, mesmo que legítimo, corre o risco de ser perigoso quando tais realidades são tomadas como fins absolutos em nossas vidas. O homem pode viver em função de seu bem estar corporal, para os meus amigos ou para o meu trabalho. Eles deixam de ser instrumentos para construção de minha humanidade e eu me torno objeto de seu serviço.
A Palavra de Deus, todavia, não nos manda negar todas essas realidades, mas sim relativizá-las em nome de um Absoluto. O meu bem estar corporal, os amigos e o meu exercício social são meios que devem me fazer chegar até Deus.
É nesse sentido que o profeta Ageu nos conforta: “Não tenhais medo”. Devemos eleger um único fim para a nossa vida, para o qual todos os outros movimentos devem convergir. E, a partir dessa escolha, o Espírito de Perfeição já estará em nosso meio para nos motivar, a cada dia, para que busquemos esse único fim.
Porém, como trocar “o certo pelo duvidoso”? Como optar por uma vida espiritual, que não vemos, deixando de lado um mundo material, estruturado por um conjunto de bens concretos? Cristo é a resposta para esse conflito. Ele é apresentado como a Plenitude de nosso bem material, de toda a riqueza que o homem pode buscar por que é a plenitude de toda a nossa humanidade.
Porém, “o Filho do homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitar no terceiro dia” (Lc 9, 22). Por mais que busquemos outros bens materiais Cristo continuará sendo essa riqueza plena que nossa humanidade pode adquirir.
A sua glória após o sofrimento e a morte continuará sendo um grito de que há sentido em lutar para sermos em plenitude.

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