“Quem
não renuncia a todos os seus bens, não pode ser o meu discípulo” (Lc 14, 33)
Cristo olha para a
multidão e vê um desejo nobre: querem a Palavra de Deus. Ele porém, sabendo de
todas as implicações que essa opção traz para quem abraça começa a ensinar:
“Aquele que não porta a sua cruz e não vem atrás de mim não pode ser meu
discípulo” (Lc 14, 27).
Se discípulo de Jesus
não significa uma opção ideal, uma bonita filosofia de vida, um método de viver
em paz consigo e com os outros. Seguir Jesus implica uma decisão integral. Se
sua proposta aponta para uma realidade Absoluta devemos realmente nos
questionar se estamos realmente dispostos a deixar tudo para segui-lo. O Reino
de Deus não aceita corações divididos.
A imagem da construção
(cf. Lc 14, 28ss) também purifica a nossa compreensão ideológica do
cristianismo. Estamos diante de um projeto vivo de um Reino a ser construído,
ação que se inicia em nós mesmos e se desenvolve no ambiente ao nosso redor.
Seguir Jesus requer liberdade, por isso o amor acima de todas as coisas, implica
luta, por isso a cruz.
Deixemos de tado tudo
aquilo que nos possa pesar nessa caminhada, todas as coisas, pessoas ou ideais
que não conduzem com o projeto de Deus para a nossa vida. A cruz é o peso
suficiente e necessário que podemos portar se queremos viver uma vida plena e
chegar ao Reino de Deus.
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