Deus
não é dos mortos, mas dos vivos (Lc 20, 38)
Em um mundo tão
racionalista e, portanto racionalizado como o nosso, queremos inserir tudo
dentro de uma forma, queremos mais “compreender”, do que conhecer as coisas.
Queremos colocar todas as coisas dentro dessa mesma “forma” para poder
esquadrinhá-las e, portanto, dominá-las. Deus e o seu projeto de salvação
humana não fogem dessa ambição.
No evangelho, os
saduceus colocaram Jesus à prova. Mais, do que isso, queriam racionalizar a
compreensão de ressurreição segundo os seus próprios critérios. A primeira
coisa que Jesus tenta fazer é um purificação desse conceito. A ressurreição não
pode ser compreendida à luz de nossa racionalidade material.
A ressurreição é
projeto que vai além de uma vida material, lança o homem além de um projeto
racionalizável. Apresenta a dinâmica de uma vida que é colocada além da
corrupção, uma vida que dura para sempre por que implica comunhão eterna com
Deus. Aqueles que ressuscitam “não podem mais morrer... por que são filhos da
ressurreição, são filhos de Deus” (Lc 20, 36).
Aprendamos a buscar
esse mesmo projeto para as nossas vidas. Somos mais que seres racionais,
materiais fomos criados pelo “Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó” (Lc
20, 37), um Deus vivo e presente na história humana, que mostra a sua face
continuamente e chama os homens para si. Saibamos buscar essa “face” de um Deus
que se revela. Ele não mostra apenas um conhecimento ideal, mas uma Vida que se
faz Plena, Vida que dura eternamente, “porque todos vivem por Ele” (Lc 20, 38).
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