Sábado, 05 de novembro de 2011
Ninguém
pode servir a dois patrões (Lc 16 13)
O texto, em toda a sua
discussão, responde a uma pergunta: Qual a verdadeira riqueza humana?
Jesus continua a nos
pedir uma ordenação de nossa vida. Colocar cada coisa em seu lugar, dar a cada
um o valor que lhe é intrínseco. Quando ele nos exorta: “Fazei amigos com a
riqueza desonesta” (Lc 16, 9) ele nos aponta para uma realidade secundária e,
portanto, instrumental, dos bens materiais. Não vivemos para o acúmulo, mas
para realizar uma comunhão com Deus, crescer nessa experiência e irradiar essa
vida aos homens.
A desordem humana na
manipulação dos próprios bens reflete, antes de tudo, uma desordem interior. Muitas
vezes, não estamos sabendo dar a cada coisa o seu valor necessário. Mais do que
isso, colocamos a nossa vida e a dos que estão ao nosso redor a serviço de um
acúmulo sem perspectivas por meio da construção de uma riqueza perecível.
Somos, todavia, alertados: “Quem é fiel no pouco é fiel também nas coisas
grandes” (Lc 16, 10).
Possamos compreender e
viver a “instrumentalidade” dos nossos bens e a “sacralidade” da pessoa humana
nessa relação. Em uma cultura que prega o acúmulo absoluto e uma concorrência
desumana, olhemos para Cristo e vejamos nele o reflexo daquele que soube ser
obediente ao Pai e aprender a colocar cada coisa em seu devido lugar.
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