Quarta, 23 de novembro de 2011
“Com
a vossa perseverança salvareis a vossa vida” (Lc 21, 19)
Em um mundo marcado por
tantos contra-valores, somos chamados a afirmar a maior de todas as riquezas: a
vida humana. Essa vai muito além de um bem material que deve ser aproveitado de
todas as formas possíveis ou mantido a qualquer preço, ela é dom gratuito de
uma existência que busca plenitude.
No Evangelho Jesus
aponta para a dimensão escatológica de nossa existência. Não somos seres desse
mundo, devemos buscar algo mais. Se ficamos apegados a essa realidade
tenderemos ao fracasso. “Havereis o momento de dar testemunho” (Lc 21, 13).
Haverá o momento em que nós seremos chamados a dar a razão de nossa fé. E o que
faremos?
Se compreendemos fé
como essa esperança consistente em uma realidade que nos ultrapassa e se
abraçamos essa realidade, nossa vida passa a ser pautada nesse mesmo movimento:
ouvir, aceitar e seguir a Palavra de Deus. E é aqui em que nossa vida é
provada, pois se não confiamos integralmente nessa Palavra, qualquer coisa em
que colocar nossa vida em jogo, em relação a nossa esperança última, nos fará
optar por nós mesmos.
Porém, recebemos uma
promessa: “Nem mesmo um cabelo de vossa cabeça será perdido” (Lc 21, 18). Somos
chamados a levar nossa existência a uma plenitude. E se essa plenitude implica
a entrega dessa vida em sacrifício, uma morte que gera ressurreição, que assim
o seja. Confiamos, mesmo sem ter visto essa realidade, esperamos, mesmo
questionando em alguns momentos, mas cremos que a Palavra é semente que, quando
enterrada, gera uma grande árvore, a árvore de vida.
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