Segunda, 07 de novembro de 2011
Aumentai
a nossa fé (Lc 17, 6)
Dois fatos nos fazem
entrar na compreensão de um Deus misericordioso: o perigo do escândalo e a
necessidade do perdão.
O escândalo é colocado
em relevo e merecedor de atenção, pois é um pecado que toca a comunidade. Não
sou apenas eu quem me prejudico com o meu pecado, mas também todos aqueles que
olham para mim e vêem o meu contra-testemunho. “É melhor para ele que seja
colocada no pescoço uma pedra de moinho e ele seja jogado ao mar do que
escandalizar um desses pequeninos” (Lc 17, 2).
Entretanto, “é
inevitável que venha os escândalos” (Lc 17, 1). Não podemos nos orgulhar se
vemos um erro que não cometemos, pelo contrário, devemos nos tornar atentos
para que nós mesmos não caiamos naquilo que criticamos.
E para que essa
humildade se desenvolva é necessário que entremos na dinâmica do perdão: “Se o
teu irmão pecar, repreende-lhe. Se ele se arrepender, perdoa-lhe”. (Lc 17, 3).
Não podemos definir ninguém pelos próprios atos. Só Deus o pode fazer.
Não há cálculo para o
perdão: “E se cometer uma culpa sete vezes ao dia contra ti e sete vezes
retornar a ti dizendo: ‘Estou arrependido’, tu o perdoarás” (Lc 17, 4). Perdoar
sempre afirma nossa humanidade e, mais do que isso, nossa compreensão de que
somos pó e estamos na mesma condição.
Entretanto, não podemos
fazer nada disso se não tivermos em nosso coração o dom da fé (cf. Lc 17, 6).
Só ela nos permite ir além de nós mesmos, de uma lógica humana e de nossos
próprios juízos e para poder perdoar. Só a fé nos coloca diante de um Deus que
é, ao mesmo tempo, justiça e amor, e nos ensina a construir em nós um espírito
de humildade e humanidade.
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