Sexta, 04 de novembro de 2011
“Ele
acolhe os pecadores e come com eles” (Lc 15, 2)
O mundo moderno prega
um personalismo individualista, o homem é um ser que domina as coisas ao seu
querer e objetivos. Não há projeto em amplo sentido, metas ou limites para as
suas ações. Ele é o paradigma de um mundo que ele mesmo recriou ao seu prazer.
O objetivo central de
toda a revelação divina é a demonstração amorosa de Deus em seu projeto de
salvação do homem. Vemos no Evangelho o Deus que luta pelo homem, corre atrás
dele, busca-o, mesmo que ele se esconda e, como conclui o próprio Cristo: “Haverá
mais glória no céu por um pecador que se converte do que por noventa e nove
justos que não precisam de conversão (Lc 15, 7)”.
São Paulo, porém,
esclarece-nos que essa salvação de Deus depende e parte dele, mas por ser livre
e amorosa, implica também liberdade que é dada. Assim vemos: “nenhum vive por
si mesmo ou morre por si mesmo” (Rm 14 7), mas “cada um de nós prestará contas
de si mesmo a Deus” (Rm 14, 12).
Vemos a imagem do Deus
como Senhor, não o que domina, mas protege aqueles que lhes são confiados. Ele
não domina porque se relaciona livremente com os seus. Podemos ou não aceitar
esse amor. Porém, podemos viver sem a Palavra de Deus, mas corremos o risco de
voltar a um caos de uma vida sem luz, sem ordem, direção ou sentido.
Olhemos para Cristo não
como um tirano, mas como Senhor que deseja o nosso bem. Ele não está para nos
punir, em sua mão não está a espada da justiça, que pune todos os pecadores,
mas o cajado, para retomar para si todo aquele que, de uma forma ou de outra,
desviaram-se do caminho rumo à Vida.
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