Os
filhos deste mundo são mais prudentes que os filhos da luz (Lc 16, 8)
O nosso modo de ver um
mundo quase sempre é fundado em relações imediatistas. Queremos tudo para hoje,
rápido, já pronto. Estamos esquecendo de projetar as nossas ações em um futuro
que não demora a chegar.
A imagem do trabalhador
desonesto aponta para uma “revisão” dos atos feita por aquele homem (cf. Lc 16,
5ss). Ele não mais buscava um lucro pessoal imediato. Suas ações passaram a ser
projetadas em função de um futuro agora incerto. Ele deveria ajudar a outros
para que, fosse ajudado quando precisasse.
Imaginar-se nesse
espaço e nessas condições nos coloca na compreensão que não somos filhos do
“hoje”. Somos constituídos de um passado, atuamos em um presente, mas nossas
esperanças e certezas devem ser projetadas em um futuro ideal e pleno.
Consumir-se no hoje e gastar todas as forças no presente desgasta a nossa
existência e nos retira de um projeto maior: a Vida Eterna.
Olhemos para Maria e
vejamos nela esse testemunho de uma vida que se definiu em um “sim” no
presente, mas que soube ir além, dando sentido a um passado e confirmando a
nossa esperança futura: Deus está conosco, não nos abandona nunca.
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