quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Quinta feira da XXXIV Semana do Tempo Comum

Terça, 24 de novembro de 2011

“A vossa libertação está próxima” (Lc 21, 28)

As imagens extraordinárias que vemos surgir nesse evangelho não aponta para um “fim de mundo”, mas para um projeto de divino que chega à sua plenitude em Jesus Cristo. Em uma realidade com tantas dificuldades, em uma crise de valores sociais, em uma perda humana da própria identidade, chegamos a questionar o sentido de nossa própria existência.
O “mundo” parece um local apavorante (cf. Lc 21, 21), tememos a tudo e a todos, nada mais nos dá segurança. Que fazer? Como agir em um mundo em que os meios de comunicação ou as tecnologias existentes não evitam, previnem ou anunciam antecipadamente grandes catástrofes naturais (cf. Lc 21, 25)? Diante disso, buscamos mais do que uma segurança material, buscamos uma explicação para todas essas coisas.
O evangelho, porém, mais do que uma compreensão teórica desses fatos, nos ajuda a firmar o nosso passo no tempo em que vivemos. “Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça porque a vossa libertação está próxima” (Lc 21, 28). Em um mundo que geme a dor de uma humanidade ferida pelo pecado, esse mesmo sofrimento pode ser transformado em libertação.
O sofrimento apresenta sempre uma possibilidade de transformação, mais, forma-nos para outras realidades, afirma-nos cada vez mais como homens que buscam a afirmação de uma vida.
“Então verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande poder e glória” (Lc 21, 27). Cristo é o ícone dessa vida que se fez plena no alto da cruz, na perfeição de um sacrifício, entrega de amor que gerou uma nova vida, uma humanidade salva. Ele nos ponta para a grandeza, firmeza e plenitude de uma existência que não busca “seguranças”, mas um caminho de perfeição.

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