“A
vossa libertação está próxima” (Lc 21, 28)
As imagens
extraordinárias que vemos surgir nesse evangelho não aponta para um “fim de
mundo”, mas para um projeto de divino que chega à sua plenitude em Jesus
Cristo. Em uma realidade com tantas dificuldades, em uma crise de valores sociais,
em uma perda humana da própria identidade, chegamos a questionar o sentido de
nossa própria existência.
O “mundo” parece um
local apavorante (cf. Lc 21, 21), tememos a tudo e a todos, nada mais nos dá
segurança. Que fazer? Como agir em um mundo em que os meios de comunicação ou
as tecnologias existentes não evitam, previnem ou anunciam antecipadamente
grandes catástrofes naturais (cf. Lc 21, 25)? Diante disso, buscamos mais do
que uma segurança material, buscamos uma explicação para todas essas coisas.
O evangelho, porém,
mais do que uma compreensão teórica desses fatos, nos ajuda a firmar o nosso
passo no tempo em que vivemos. “Quando estas coisas começarem a acontecer,
levantai-vos e erguei a cabeça porque a vossa libertação está próxima” (Lc 21,
28). Em um mundo que geme a dor de uma humanidade ferida pelo pecado, esse
mesmo sofrimento pode ser transformado em libertação.
O sofrimento apresenta
sempre uma possibilidade de transformação, mais, forma-nos para outras
realidades, afirma-nos cada vez mais como homens que buscam a afirmação de uma
vida.
“Então verão o Filho do
Homem vir sobre uma nuvem com grande poder e glória” (Lc 21, 27). Cristo é o
ícone dessa vida que se fez plena no alto da cruz, na perfeição de um
sacrifício, entrega de amor que gerou uma nova vida, uma humanidade salva. Ele
nos ponta para a grandeza, firmeza e plenitude de uma existência que não busca “seguranças”,
mas um caminho de perfeição.
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