sexta-feira, 30 de novembro de 2012

“Ficar em pé diante do Filho do Homem”

Sábado da XXXIV Semana do Tempo Comum
1º de dezembro de 2012

“Ficar em pé diante do Filho do Homem” (Lc 21, 36)

O julgamento de Deus não se fundamenta em quem pecou mais ou menos, pecados grandes ou pequenos, mas quem procurou levantar após cada queda. Isso requer uma força muito grande, já que é uma luta contra a nossa própria inércia.
As dificuldades da vida criam em nós determinados conformismos que nos “curvam” diante da realidade. Essa distorção ocorre quase sempre porque nos esquecemos de nos corrigir ou nos deixar ser corrigidos no tempo certo.
Essa correção, entretanto, deve ocorrer de forma contínua, em uma constante “tensão de vida”, que nos deixa sempre atentos ao constante perigo da queda. Essa tensão não nos evita de cair, mas nos dá ânimo para levantarmos sempre.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

“Eu farei de vós pescadores de homens”

Festa de Santo André, apóstolo
30 de novembro de 2012

“Eu farei de vós pescadores de homens” (Mt 4, 19)

O chamado que recebemos de Deus não parte do nada. Ele é realizado em uma situação histórica determinada. Ele nos chama com todas as realidades que nos definem, não retira nem elimina nada. Ao contrário, utiliza-nos integralmente no seu projeto de salvação.
Deus nunca retira a nossa liberdade. Essa é um elemento essencial no chamado que ele realiza. Precisamos dar um sim completo, com toda a nossa vida, história, com todo o nosso ser. Deixar todas as coisas significa saber olhar um único fim último.
Saibamos permitir que Deus trabalhe por meio nossa liberdade. Que o nosso sim seja uma verdadeira conformação ao seu gesto pleno de amor aos homens. Tenhamos a confiança que ele não nos corta ou fragmenta, mas lapida e modela o que temos e somos.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

“[...] Erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”

Quinta feira da XXXIV Semana do Tempo Comum
29 de novembro de 2012

“[...] Erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima” (Lc 21, 28)

As imagens escatológicas do sofrimento dos homens e do mundo trazem, na verdade, como centro, a vinda de Jesus Cristo. Ele, que é princípio da criação, é também fim para o qual tudo converge. Ele é Juiz e Senhor do mundo.
Essa centralidade de Jesus não é apenas uma imagem alegórica de seu reinado. Constantemente, corremos o risco de desviar as nossas ações para outros fins, fixar a nossas vidas em falsas seguranças, seguir outras palavras.
Como Juiz e Senhor, Jesus é a única Palavra, a verdadeira fonte de segurança e o fim último de nossas vidas. Seguir esse trajeto é fonte de verdadeira liberdade, por que nos aproxima e nos conforma àquele que é paradigma de uma humanidade santificada.

“É pela perseverança que salvareis a vossa vida”

Quarta feira da XXXIV Semana do Tempo Comum
28 de novembro de 2012

“É pela perseverança que salvareis a vossa vida” (Lc 21, 19)

A consequência da postura daquele que tem Deus como único Senhor de sua vida é a perseguição dos “senhores” deste mundo. A sua negação é uma reação de defesa de uma estrutura que se vê ameaçada por nossa opção.
Essa perseguição é um sinal positivo, não pelo valor do sofrimento em si, mas pelo fato que essa é sinal que fizemos uma escolha contrária às propostas desse mundo. A dor que às vezes sentimos pode ser sequela da opressão desses “senhores” decadentes.
Quando isso acontece, devemos apenas agradecer a Deus e pedir forças para perseverar nesse caminho. Outras vias mais atraentes sempre aparecerão nesse percurso, mas essas sempre nos portam a reinos que escravizam e estragam a nossa vida.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

“Não será deixada pedra sobre pedra”

Terça feira da XXXIV Semana do Tempo Comum
27 de novembro de 2012
 
“Não será deixada pedra sobre pedra” (Lc 21, 6)
 
As imagens apocalípticas de uma destruição do mundo material revelam a grandeza e a eternidade de Deus, Senhor da história. Diante dele, o mundo é relativo, perde o seu aparente poderio, todas as suas forças são passageiras.
Se entramos nessa dinâmica do Senhorio de Deus sobre o mundo, aprendemos a ver os males como parte integrante da história. Por meio deles, vemos a fragilidade de toda força humana, a pobreza de nossas habilidades e a transitoriedade das riquezas da terra.
Na destruição dos bens materiais, Deus não se revela como agente de destruição ou de morte, mas Senhor de toda a realidade criada. Tudo converge para Ele, porque dele provem, ele é o único Absoluto da história.

domingo, 25 de novembro de 2012

“Ela, porém, na sua miséria, depositou tudo o que tinha para viver”

Segunda feira da XXXIV Semana do Tempo Comum
26 de novembro de 2012

“Ela, porém, na sua miséria, depositou tudo o que tinha para viver” (Lc 21, 4)

Cristo é Rei, mas como ele pode exercer essa senhoria? Aquela pobre viúva nos responde objetivamente essa questão: É na entrega de nossa vida a ele, depositando toda a nossa esperança e confiança em seu projeto de salvação da humanidade.
Deus não é uma válvula de escape. Algo que utilizamos apenas em momentos de sufoco. Alguém que damos apenas o tempo que nos sobra, e quando sobra. Como Senhor de nossa vida, ele passa a ser ponto de convergência, princípio e fim de nossas ações.
Tenhamos a coragem de fazer esse salto de fé, de confiar todos os nossos sonhos, entregando a nossa vida e nossos projetos nas mãos de Deus. Como verdadeiro e único Senhor, ele portará a cumprimento o que nossas forças não serão capazes de realizar.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

“Minha casa será uma casa de oração”

Sexta feira da XXXIII Semana do Tempo Comum
23 de novembro de 2012

“Minha casa será uma casa de oração” (Lc 19 46)

Na Purificação do Templo, Jesus apresenta o verdadeiro valor desse como Casa de Deus, Lugar do Encontro, do diálogo entre Deus e os homens. Ao mesmo tempo, ele se revela o novo Templo, o caminho privilegiado para o Pai, a sua perfeita revelação.
Em nossa vida espiritual, corremos o risco de distorcer a nossa relação com Deus. Queremos aproximar-se dele somente para obter algo, o transformamos verdadeiramente em “mercado”. Invertemos o meio pelo fim.
Se nosso contato com Deus for apenas em função de um bem estar pessoal, estaremos realizando, mais cedo ou mais tarde, uma relação frustrante. Como Bem Absoluto, ele é fim em si mesmo. Dessa forma, todo movimento de nossa humanidade só pode tender para ele.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

“Hoje a salvação chegou nesta casa”

Terça feira da XXXIII Semana do Tempo Comum
20 de novembro de 2012

“Hoje a salvação chegou nesta casa” (Lc 19, 9)

A novidade do mistério cristão está no fato de que Deus vem ao nosso encontro. Não somos nós que por meio de nossas forças, habilidades e inteligência “subimos” em sua direção. No seu amor integral ele revela aos homens o seu projeto de salvação.
Entretanto, nesse contato, ele não anula a nossa liberdade, sempre resta a nossa iniciativa de recebê-lo em nossa vida... ou não. É a partir desse encontro pessoal que a nossa vida muda realmente, nos convertemos de fato.
Que nós possamos nos abrir a essa iniciativa Divina de entrar em nossa humanidade. Por potente que seja, ela sempre precisa da abertura de nossa liberdade. Ela tem a necessidade de ouvir o nosso sim para que possa vir até nós e habitar em nossas moradas.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

“Senhor, que eu veja de novo”

Segunda feira da XXXIII Semana do Tempo Comum
19 de novembro de 2012

“Senhor, que eu veja de novo” (Lc 18, 41)

Há um cego mendigando no caminho. Ele está parado porque não pode andar, não consegue ver o caminho. Jesus passa, ele é luz nesse caminho, e aquele homem reconhece essa verdade. Ele é luz porque é “filho de Davi”, é cumprimento da promessa de Deus.
Quantas vezes permanecemos nas estradas da vida mendigando, recolhendo as sobras daqueles que apenas passam por nós? Quantas vezes esquecemos que somos os protagonistas de um caminho e permanecemos vivendo sobre o que os outros dizem do mundo?
É hora de levantar, de saber ver o mundo à luz de Cristo, de saber rever a nossa vocação fundamental e reconhecer-se agente desse percurso. Entretanto, o primeiro passo a ser dado é com a fé, um salto que parte do escuro na esperança de que não estamos sós.

“Quem procurar salvar a sua vida vai perdê-la, mas quem a perder vai salvá-la”

Sexta feira da XXII Semana do Tempo Comum
16 de novembro de 2012

“Quem procurar salvar a sua vida vai perdê-la,
mas quem a perder vai salvá-la” (Lc 17, 33)

O discurso sobre a vinda do Reino prossegue. Do mesmo modo em que ele não vem de modo ostensivo, mas é um processo que se realiza na história, a sua chegada é decisiva para o homem, exige dele uma entrega plena.
Em uma cultura em que estamos mais preocupados em salvar a nossa “pele”, os nossos sonhos e os nossos bens, entregar-se a um projeto que exija toda a nossa vida é, no mínimo, loucura. Entretanto, para Deus é sinal de salvação.
Saber “gastar” a nossa vida em um caminho que tenham um fim definido é o caminho preciso para dar-lhe sentido pleno. Essa é um bem único, porém, finito. Precisamos aprender a colocá-la dentro de um projeto que a preencha, definitivamente, em corpo e alma.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

“O Reino de Deus está no meio vós”

Quinta feira da XXXII Semana do Tempo Comum
15 de novembro de 2012

“O Reino de Deus está no meio vós” (Lc 17, 21)

Jesus anuncia o Reino de Deus, ele é o Reino instaurado. Contrário à compreensão dos discípulos, a realização desse evento não é uma revolução política, uma nova ordem social, uma reviravolta histórica. O Reino de Deus é o próprio Senhor que habita no meio de nós.
Reconhecer esse Senhorio nos implica nesse processo. Nos ajuda a rejeitar outros reinos, outros senhores, outros caminhos e outras leis. No Senhor podemos encontrar tudo isso, e de forma plena.
Entretanto, isso não se concretiza de forma imediata. É um caminho histórico que acompanha sempre a nossa humanidade. Para que esse Reino se defina em nosso meio é preciso o nosso “sim” definitivo e integral.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

“E quando estavam andando, foram purificados”

Quarta feira da XXXII Semana do Tempo Comum
14 de novembro de 2012

“E quando estavam andando, foram purificados” (Lc 17, 14)

A cura física daqueles homens não se deu por um ato extraordinário de Jesus, mas pela escuta de sua palavra e no gesto de colocar-se a caminho. Também Jesus está a caminho, o seu fim não é mais uma cura individual, mas uma salvação que é universal.
A grandeza de uma humanidade não está no fato de evoluir em seu caminhar histórico, mas na sensibilidade de reconhecer-se, a cada dia, curada, restaurada em um trajeto cotidiano de purificação. É no percurso da vida que aprendemos a amadurecer.
Aprendamos a ser gratos, ou seja, a reconhecer os benefícios que recebemos ao longo de nossa vida. É na gratidão que somos curados não só em nossa humanidade, mas também espiritualmente. Entretanto, só podemos sê-lo se soubermos refazer nossas estradas.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

“Somos simples servos”

Terça feira da XXXII Semana do Tempo Comum
13 de novembro de 2012

“Somos simples servos” (Lc 17, 10)

Colocar-se como servos parece uma contradição. Esse conceito não significa um desprezo ou inutilidade de nossa humanidade, mas um estado de ânimo. O serviço, mais do que um ato, é uma disposição do homem que se faz humilde diante do perigo da soberba.
Constantemente arriscamos em nos pensar completos, realizados, agentes últimos de nossos próprios projetos. Compreender-se servo é viver a dinâmica de uma “instrumentalidade” de vida, como mediadores de um projeto que é superior.
Descubramos a grandeza que está no ato de servir. Esse, quebra o nosso orgulho de fazer-se senhor do mundo e nos coloca diante do único Senhor da história. Esse serviço nos revela nossa verdadeira identidade de criaturas e nos distancia de nossas idolatrias.

domingo, 11 de novembro de 2012

“Estejais atentos”

Segunda feira da XXXII Semana do Tempo Comum
12 de novembro de 2012
 
“Estejais atentos” (Lc 17, 3)
 
Gerar um escândalo, mais do que uma falta de testemunho, é se tornar, literalmente, uma “pedra de tropeço” para o outro, um instrumento que o faz fraquejar na fé e cair. É fazer com que alguém deixe de ver em você a face do Cristo, Filho de Deus.
A atenção que nos exige o evangelho nos aponta para a proposta de sermos luz no meio dos homens, instrumento de um Deus justo e amoroso. E isso implica fé, um sair de si mesmo e entregar-se a uma realidade que foge à lógica humana, porque é divina.
Que nós aprendamos a viver aquela tensão necessária de filhos de Deus. Como Jesus, somos chamados a mostrar ao mundo face do Pai. E só podemos fazê-lo se deixarmos correr em nossas veias os traços de sua divindade.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

“Mas ele falava do templo do seu corpo”

Festa da Dedicação da Basílica do Latrão
9 de novembro de 2012

“Mas ele falava do templo do seu corpo” (Jo 2, 21)

A expulsão dos vendedores do templo por parte de Jesus mostra-nos o seu zelo pelo Templo, espaço privilegiado do diálogo com Deus. Ele, ao mesmo tempo, amplia esse conceito. O culto vai além de um ato exterior, é movimento de nossa humanidade.
Somos templos de Deus. Em nossa humanidade encontramos o lugar privilegiado para elevar-se. É nesse mesmo sentido que devemos zelar por ele, não deixando que seja um ambiente de trocas, de comércio, de perdas e ganhos sem sentido.
Sendo templos de Deus, devemos deixar que ele habite em nossa humanidade, devemos ser pontes entre o céu e a terra. É em nossa humanidade que podemos prestar o grande culto agradável a Deus, o de uma vida que se esforça por elevar-se.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

“Alegrai-vos comigo”


Quinta feira da XXXI Semana do Tempo Comum
8 de novembro de 2012

“Alegrai-vos comigo” (Lc 15, 6.9)

A verdadeira alegria apresentada por Lucas está na reconquista humana de sua ordem ideal. Não caminhamos para uma salvação isolada, individual. É um percurso que nos envolve por inteiro e abrange todo aquele e tudo aquilo que nos cerca.
Ninguém é feliz sozinho, só poderemos ser verdadeiramente realizados se estivermos em comunhão com o ambiente ao nosso redor, com o outro e com nós mesmos. Isso implica renúncia, esforço, sacrifício, entrega... um movimento de retorno à nossa identidade.
Precisamos saber deixar muita coisa para trás para perseguir essa ordem, devemos entrar nas áreas mais obscuras do nosso eu para levá-la ao claro. Entretanto, é um esforço que sempre vale a pena já que é uma reconquista fundamental de nossa humanidade.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

“Renunciar a tudo o que tem”

Quarta feira da XXXI Semana do Tempo Comum
7 de novembro de 2012
 
“Renunciar a tudo o que tem” (Lc 14, 33)

O seguimento de Cristo implica renúncia, entrega de nossa própria vida a um projeto que nos implica de forma integral. Essa entrega mostra-nos que nada nem ninguém é fim em si mesmo. Tudo é caminho que nos porta ao crescimento.
Um dos nos nossos grandes erros é trocar os fins pelos meios. É como se parássemos em um caminho e ficássemos admirando a beleza, o valor e a importância da estrada em nossas vidas, mas sem percorrê-la.
Essa renúncia, pelo contrário, não significa negação da realidade que nos envolve. Mas é a liberdade que sabemos desenvolver diante das pessoas, bens e capacidades que nos são dadas. É ver tudo como relativo, como caminho em direção ao único Absoluto.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

“Venham, tudo está pronto”

Terça feira da XXXI Semana do Tempo Comum
6 de novembro de 2012

“Venham, tudo está pronto” (Lc 14, 18)

A imagem do banquete que se repete mais uma vez no Evangelho de Lucas e a postura dos seus diversos personagens não é colocada sem razão. A relação do homem com Deus e com os outros é fundamental para compreender a sua essência: somos seres de relação.
Entretanto, essa relação se fundamenta no princípio de prioridade. As minhas ações e a ocupação do meu tempo corresponde à importância que dou a cada atividade. Só dedicamos atenção àquilo que realmente importa para nós ou que colocamos algum valor.
Viver em comunhão com Deus e participar dessa alegria constante é um ideal de muitos, mas é uma postura de poucos. Isso porque exige uma entrega livre e integral de alguém que escolhe um caminho como prioridade de vida: um caminho de plenitude.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

“... E serás beato”

Segunda feira da XXXI Semana do Tempo Comum
5 de novembro de 2012

“... E serás beato” (Lc 14, 14)

A beleza das relações humanas não está no princípio da reciprocidade, mas na liberdade e gratuidade de uma entrega. Realizar algo esperando uma retribuição é um ato humano, mas superar essa dependência é princípio de santidade.
Em um mundo que quantifica e qualifica todas as experiências, corremos o risco de inserir nossas relações nessa materialização do mundo e da vida. Como seres livres e racionais, somos chamados a ir além dessa compressão.
Viver esperando uma retribuição dos nossos atos nos deixa escravo de coisas e pessoas. Precisamos ser livres, sabendo experimentar a grandeza de uma entrega verdadeiramente humana, isenta de qualquer troca ou preço...

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

“Quem vem a mim eu não lançarei fora”

Celebração dos Fiéis defuntos
2 de novembro de 2012

“Quem vem a mim eu não lançarei fora” (Jo 6, 37)

A festa dos fieis defuntos não é uma celebração dos mortos, mas relembrar aqueles que realizaram um trajeto histórico e hoje vivem as consequências desse percurso. Não é apenas um olhar para trás, mas saber projetar-se nesse caminho.
Em um mundo meramente material, a morte parece ser um fim sem sentido. O declínio de uma humanidade que parece fracassar, apesar de todas as suas riquezas. O homem é muito mais do que matéria, é capacidade de superar-se, de ir além, elevando-se...
Pensar na morte não é algo negativo, é experimentar nossa condição limitada, uma riqueza que se perde com o tempo. Mas acima de tudo, é projetar-se em um futuro que ultrapassa o tempo e o espaço e nos faz transcendentes, vivos e presentes na história humana.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

“Alegrai-vos e exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus”

Solenidade de todos os Santos
1º de novembro de 2012

“Alegrai-vos e exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus” (Mt 5, 12)

Jesus instaura uma nova e definitiva lei, um caminho único, uma nova e definitiva aliança entre Deus e os homens. Ele é a nova lei, o novo caminho, a nova aliança. A antiga Lei ganha o seu pleno sentido nele. Nele, o homem encontra a sua plenitude.
A santidade cristã não consiste em um status de um indivíduo religioso, mas um modo de ser e agir de alguém que assume seguir Jesus e as consequências dessa opção. Trajeto que não é isento de quedas, feridas, falhas e pecados.
Buscar a santidade não é elevar-se ao ponto de negar a nossa humanidade, mas abraçá-la integralmente, assumindo todo o plano querido por Deus desde a criação. É olhar para alguém e ver nele o rosto de uma natureza que foi elevada porque soube ser humana.