quinta-feira, 29 de maio de 2014

“Ninguém poderá retirar a vossa alegria”

Sexta feira da VI Semana da Páscoa
30 de maio de 2014


“Ninguém poderá retirar a vossa alegria” (Jo 16,22)

A imagem da mulher que sente as dores do parto e concebe um filho é o melhor ícone para compreender essa transformação de nossa tristeza em alegria. Essa transformação, realizada plenamente no mistério da cruz, nos ajuda a visualizar o sentido de nossa libertação.
O sofrimento deve ser visto como a geração de uma nova realidade. Ele apresenta a possibilidade do homem de reconhecer as suas limitações e potencialidades. Quando resistimos e lutamos, somos mais fortes. Mesmo quando não vencemos, crescemos em algo.
Essa alegria que nasce desse crescimento é plena porque não é passageira ou material, nem criada por mãos humanas. Ela é plena por que nos forma e nos faz crescer, conformando-nos à vida daquele que se fez homem e nos ensinou o caminho para Deus.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

“A vossa tristeza se transformará em alegria”

Quinta feira da VI Semana de Páscoa
29 de maio de 2014


“A vossa tristeza se transformará em alegria” (Jo 16,20)

Deus não elimina os nossos sofrimentos. Ele faz melhor, os transforma em alegria. Essa é a dinâmica da cruz. É a potência de um sofrimento capaz de revelar ao homem a sua verdadeira identidade e o seu único fim.
A maior angústia humana são os momentos de dor em que não se “vê” a presença do Senhor, como se ele nos abandonasse. É precisamente nesses momentos que nos encontramos com as nossas limitações e fraquezas. É no sofrimento que nos entendemos como criatura.
Que nós, pelas nossas limitações, possamos participar ativamente do mistério da cruz do Senhor. Esse é uma dinâmica de esperança porque nos faz reconhecer nossa limitação e nos abrir a um poder que nos supera, que é capaz de sempre gerar Vida Nova.

"O Espírito da Verdade vos guiará à Verdade Plena"


Quarta feira da VI Semana da Páscoa
28 de maio de 2014

“O Espírito da Verdade
vos guiará à Verdade Plena” (Jo 16,13)

O Espírito nos guia à Verdade plena porque humanamente não podemos compreender todo o mistério de Cristo. O seu Projeto de Salvação vai muito além de um fato, mas é uma dinâmica que nós devemos entrar e assumir. Mas isso requer tempo.
Vivemos em um mundo de muitas palavras e poucos conceitos, muitas ideias e pouca compreensão. Não entendemos que só no Espírito de Deus podemos compreender todo o sentido de nossa vida, que vai muito além de nossos projetos e expectativas.
Que o Senhor nos dê a paciência para compreender os nossos caminhos. Deixemos de lado a pretensão de eliminar todos os nossos problemas imediatamente. Entremos na dinâmica do Espírito da Verdade que nos faz participar cada vez mais da Vida em Cristo.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

“Convém a vós que eu vá”

Terça feira da VI Semana de Páscoa
27 de maio de 2014


“Convém a vós que eu vá” (Jo 16,7)

O Espírito Paráclito enviado pelo Senhor nos revela toda a Verdade de Cristo. A Primeira é que ele é o Filho de Deus. Enviado ao homem, ele nos mostra que o pecado do mundo nasce de sua distância com o Senhor. Essa distância o leva à destruição.
Jesus não é um belo modelo de vida, com bonitas palavras e um eficaz conjunto de pensamentos. Ele revela ao homem a sua verdadeira identidade. E o faz com a sua própria missão. Compreender essa dinâmica não é uma opção, mas uma questão de felicidade.
Olhemos para Cristo como Verdadeiro Filho, que revela a nossa filiação divina. Por ele nossa vida encontra um norte, um sentido, porque deixa de ser ideia ou palavra e se torna caminho. Ele, junto ao Pai, nos faz compreender todo esse percurso, chamando-nos a Si.

domingo, 25 de maio de 2014

“Também vós dareis testemunho”

Segunda feira da VI Semana da Páscoa
26 de maio de 2014


“Também vós dareis testemunho” (Jo 15,27)

Todo aquele que segue Jesus sabe das consequências que esse caminho comporta. Não recebemos somente os méritos que provem de sua ressurreição, mas sua vida é dinâmica que assumimos como nossa. Esse é o verdadeiro testemunho de Cristo.
Os momentos de sofrimento são para o cristão, muito mais do que uma prova, mas o espaço onde o seu amor e a sua fidelidade são reforçados e conformados ao mistério do Filho. A sua vida não segue apenas um modelo, mas é imagem de uma Pessoa.
Testemunhar é mostrar com a vida aquilo que se crê. Que nós também sejamos testemunhos do mistério de Cristo. Que a nossa vida possa ser reflexo daquele que cremos. Sem precisar de palavras ou ideias façamos com que nossas opções revelem a nossa fé.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

“Por isso o mundo vos odeia”

Sábado da V Semana da Páscoa
24 de maio de 2014


“Por isso o mundo vos odeia” (Jo 15,19)

O “mundo” para João é o conjunto de realidades que se opõem a Deus e ao seu projeto de Salvação. O ódio do mundo ao homem que busca o Senhor é a luta de todo cristão que busca configurar-se ao seu mestre. Sem essa batalha não existe vitória.
Quantas vezes buscamos a religião somente como uma fuga do mundo, onde me livro de todas as dificuldades? Na verdade, o cristianismo não é instrumento para a minha paz. É precisamente o contrário, me coloca em condição de contínua luta pela verdadeira vida em um ambiente hostil.
Saibamos encarar o mundo estando convictos daquilo que cremos e queremos. Que as dificuldades da vida não sejam para nós uma barreira, mas uma oportunidade de crescimento e maturação. Redescubramos a potencialidade que esse mesmo mundo nos oferece.

“Como eu vos amei”

Sexta feira da V Semana de Páscoa
23 de maio de 2014


“Como eu vos amei” (15,12)

A característica fundamental do amor cristão é o seu modelo. Jesus não nos dá mais um mandamento, mas nos ensina como amar. Ele não nos apresenta uma ideia, mas um modo de agir que vai até as últimas consequências para que o outro tenha vida.
Em um mundo onde tudo se chama amor nada mais pode receber esse nome. Usando demasiadamente esse termo estamos perdendo o seu sentido. Esse, vai muito além de pensar, desejar, querer o bem do outro, mas implica ser esse mesmo bem.
Que nós aprendamos essa forma de amar. Mais do que um sentimento, esse amor implica saber que minha vida não faz nenhum sentido se não na doação e no serviço. É no sacrifício e na perda da semente que se gera vida nova.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

“Permanecei no meu amor”

Quinta feira da Semana de Páscoa
22 de maio de 2014

“Permanecei no meu amor” (Jo 15,9)

Permanecer no amor de Cristo significa viver em comunhão com ele. Esse amor não se reduz à uma ideia ou sentimento, mas é um comportamento, um modo de ser e viver segundo o Filho que, na doaçao de sua vida, manifesta o amor do Pai.
Temos dificuldades em perseverarmos nessa comunhão precisamente porque reduzimos o amor a um modo de sentir ou pensar. Tornamo-nos inconstantes porque nos deixamos levar pela fragilidade da matéria, pela sua constante transformação.
Dai-nos, Senhor, o dom da perseverança. Que essa seja fundamentada em um amor que sabe escolher o que é Verdadeiro, Bom e Belo. Que essa opção não nos faça passivos diante do mundo e da vida, mas nos comprometa em uma dinâmica de serviço e entrega.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

“Eu sou a videira...”

Quarta feira da V Semana da Páscoa
21 de maio de 2014


“Eu sou a videira...” (Jo 15,1)

A Imagem da videira explica o modo como estamos unidos ao Senhor. Se estivermos ligados a ele produziremos frutos. Se não, nos distanciaremos dessa comunhão. Cristo é a videira porque unidos a ele receberemos um alimento de vida eterna.
Em busca de uma liberdade subjetiva, queremos agir por nossas próprias iniciativas, sem princípios e valores que fundamentem, direcionem e alimentem as nossas ações. Esquecemos que independência não é sinônimo de isolamento ou distância.
Que o Senhor nos dê a graça de permanecermos sempre unidos a ele. Que a nossa liberdade seja enraizada em Deus e receba sempre dele a sua força. Que o fundamento de nossa verdadeira alegria seja aquela Fonte de Vida que não acaba porque é Eterna.

terça-feira, 20 de maio de 2014

“Dou-vos a minha paz”

Terça feira da V Semana da Páscoa
20 de maio de 2014
“Dou-vos a minha paz” (Jo 14,27)

A paz que Cristo nos porta é diversa da que o mundo nos oferece. Essa não se define pela segurança dos sentimentos ou dos bens que possuímos. Não consiste em ter algo ou alguém que nos proteja, mas de ser livre diante da realidade que nos envolve.
Buscamos coisas, pessoas ou ideias que possam dar-nos segurança. Mas esquecemos de que todos esses bens se fragmentam com o tempo. Que nada no mundo é capaz de dar-nos proteção porque essa não vem de fora, mas depende do modo como vemos o que nos cerca.
Confiemos em Deus, que é Pai. Só ele pode nos dar a segurança que tanto necessitamos. A paz que buscamos não se constrói em proteções, mas por um modo pessoal de ver e agir sobre o mundo. Como aquele que, mesmo sendo Filho, soube ser verdadeiramente livre.

domingo, 18 de maio de 2014

"[...] esse que me ama"

Segunda da V Semana da Páscoa
19 de maio de 2014


“Quem acolhe os meus mandamentos e os observa,
esse me ama” (Jo 14,21)

Não temos um Deus a quem devemos obedecer, mas devemos amá-lo. Amar o Senhor não é questão de ideia ou sentimento. Implica um modo de ser e agir que se fundamenta na pessoa de Jesus.
Em um mundo de tantas palavras e ideias, querer o bem do outro sem nada em troca parece ser mais uma bela reflexão. Mas é aqui que está o princípio e o fundamento de toda a nossa vida. Amar o próximo significa seguir os passos daquele que me amou primeiro.
Que nós saibamos responder a esse dom recebido. Aprendamos a agir não conforme uma Lei, mas segundo uma Pessoa. Que a nossa vida seja reflexo daquilo que amamos. Que o mundo veja em nós a Imagem daquele que livremente se doa para o bem do mundo.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

“Eu sou o Caminho...”

Sexta feira da IV Semana da Páscoa
16 de maio de 2016

 
“Eu sou o Caminho...” (Jo 14,6)

Jesus abre para nós a possibilidade de uma Vida que seja Plena. Essa se constrói em um Caminho fundado em uma Verdade. Tal Verdade não consiste em um conjunto de leis que devemos seguir, mas é uma Pessoa que se faz guia, mestre e modelo.
Tantos caminhos nos são apresentados como portadores de felicidade. Tantos guias aparecem em nossa história e nos fazem pensar que podem dar sentido pleno a nossa existência. Tantas riquezas são colocadas como fim em si mesmas.
Um só é o Caminho, a Verdade e a Vida. Se fragmentarmos as nossas opções e ideias, dividiremos também a nossa história. Saibamos optar por uma única via. Escolhamos bem o que queremos para o nosso fim. O nosso futuro depende de nossas atuais opções.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

“Conheço os que escolhi”

Quinta feira da III Semana de Páscoa
15 de maio de 2014


“Conheço os que escolhi” (Jo 13,18)

A relação do discípulo com o Senhor é uma comunhão de vida. Jesus não ensina coisas para ser apenas transmitidas, mas vividas. Ele conhece as nossas fraquezas e tudo o que somos capazes de fazer. Mesmo assim, ele acredita em nós.
Mesmo quando não acreditamos em nossas potencialidades, Ele que nos conhece porque nos escolheu, acredita e espera em nós. A única condição para a realização de nossa vida é seguir os passos do nosso Mestre, não imitando-o, apenas seguindo-o.
Saibamos reconhecer que a felicidade de nossa vida não se encontra em nós mesmos. Que uma vida plena não se realiza definitivamente na materialidade da história, mas vai além dessa. Que a Felicidade se encontra naquele que mostrou ao homem o seu verdadeiro rosto.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

“Eu sou a porta”

Segunda feira da IV Semana de Páscoa
12 de maio de 2014


“Eu sou a porta” (Jo 10,9)

O Senhorio de Jesus se revela na imagem do Pastor. Como porta, ele nos mostra que a única obediência se constrói no amor e na confiança àquele que seguimos. Por ele, encontramos o verdadeiro caminho para as nossas vidas.
Tantos são os ladrões e salteadores que nos enganam e nos atraem para si. Eles nos oferecem outros caminhos, outras portas, outras pastagens. O único objetivo deles é retirar a nossa maior riqueza, aquilo que temos de mais íntimo e individual: a nossa liberdade.
Só existe um pastor, uma pastagem, um lugar para o nosso repouso. A única porta é Cristo, que nos ensina a nos curvar e esforçar-se para entrar nessa grande comunhão de amor com Deus Pai, que não busca o nosso sacrifício, mas a nossa vida plena.

terça-feira, 6 de maio de 2014

“Vós me vedes e não credes...”

Quarta feira da III Semana da Páscoa
7 de maio de 2014


“Vós me vedes e não credes...” (Jo 6,36)


A fraqueza humana está na incompreensão do mistério de Cristo como o Filho enviado por Deus. Ele é o sentido e o conteúdo de nossa existência. Isso não é uma ideia, mas uma dinâmica de vida, um modo de ser.
Jesus revela ao homem a sua identidade. Conformar-se a ele ou não deixa de ser uma opção teológica, religiosa ou ideológica, é uma questão de felicidade. Toda tristeza ou pecado humano nasce dessa distância entre o que somos e o que fazemos.
Reconheçamos Jesus como Filho de Deus. Saibamos conformar à nossa vida ao mistério de uma obediência que não retira a nossa liberdade, mas a revela plenamente. Somente confiando no mistério do Filho descobriremos também a nossa verdadeira identidade.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

“Eu sou o Pão da Vida”

Terça feira da III Semana de Páscoa
6 de maio de 2014

“Eu sou o Pão da Vida” (Jo 6,35)

O verdadeiro alimento do homem é aquele que o satisfaz plenamente. Jesus é o Pão da Vida porque ele nos dá algo que nada nem ninguém pode nos oferecer: um sentido pleno e definitivo para a nossa existência. Essa é a verdadeira comida e bebida do caminho.
Buscamos continuamente este Pão, mas não conseguimos reconhecê-lo. “Eu sou...” responde o Senhor. O Próprio Deus se faz alimento, substância que sustenta enquanto guia, sustenta e anima o percurso cotidiano.
“Dai-nos, Senhor sempre deste Pão”. Dai-nos a graça de perceber que somente Tu nos alimenta de verdade, que todos os outros bens nos farão perecíveis como eles, que somente um nos leva à Vida Eterna porque nos dá uma Plenitude de Vida.

domingo, 4 de maio de 2014

"Trabalhai não por um alimento perecível..."

Segunda feira da III Semana da Páscoa
5 de maio de 2014


“Trabalhai não por um alimento perecível,
mas pelo que dura até a vida eterna” (Jo 6,27)

A única realidade capaz de saciar plenamente o homem é Deus. Jesus se apresenta como alimento porque nos dá um sentido, uma direção para a nossa vida. Tudo o que não cumpre esse percurso é perecível e nos faz dá um contínuo sentimento de insatisfação.
O mundo continuamente nos oferece alimentos, aparentemente nutritivos, belos, econômicos. Porém, eles somente são capazes de nos satisfazerem por um momento. Construímos uma contínua luta pela sobrevivência.
Saibamos trabalhar pelo único alimento que nos dá vida eterna. Essa eternidade, mais do que quantidade de tempo, dá qualidade a nossa existência. Essa comida é imperecível porque não é uma coisa, mas um modo de ser e viver...

sexta-feira, 2 de maio de 2014

“Quem me viu, viu o Pai”

Festa de São Felipe e São Tiago, Apóstolos
3 de maio de 2014

“Quem me viu, viu o Pai” (Jo 14,9)

Jesus é caminho, verdade e vida enquanto revela todo o projeto salvífico de Deus ao homem. As Palavras e Obras realizadas pelo Filho são reflexos daquilo que Deus tinha pensado para o homem. O Filho realiza no homem aquilo que o Pai tinha projetado para ele.
Nosso Senhor é o único caminho que nos leva ao Deus porque, como Filho, recebe tudo o que pertence ao Pai. Ele não um belo exemplo para ser contemplado, mas revela ao homem a sua própria identidade. Somente a descoberta dessa identidade dá sentido à vida do homem.
Não olhemos mais para Jesus como somente um exemplo, mas aprendamos a vê-lo como Filho de Deus e com tudo o que isso implica. Saibamos conformar a nossa vida à dele para que nós também possamos tornar-se filhos no Filho. Essa é a nossa única identidade.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

“Não é ele o filho do carpinteiro?”

Festa de São José, operário
1º de maio de 2014

“Não é ele o filho do carpinteiro?” (Mt 13,55)

O povo se admira com uma aparente contradição: até que ponto todo aquele poder poderia pertencer a um homem? Eles acreditavam que tal força pertenceria somente a Deus. Os homens seriam somente instrumentos passivos dessa dinâmica.
Em um mundo de facilidades, perdemos gradativamente um espírito sacrifício, luta e renúncia. Buscamos comprar ou trocar tudo aquilo que deveria ser construído com o esforço de nossas próprias mãos. Colocamos em Deus uma responsabilidade que é nossa.
Saibamos reconhecer que a história da salvação perpassa a nossa existência e se realiza por meio de nosso esforço cotidiano. Reaprendamos a ser protagonistas de uma caminhada que tem Deus como fundamento, mas que há no homem a sua realização.