sábado, 29 de novembro de 2014

“Ficai atentos e orai a todo momento”

Sábado da XXXIV Semana do Tempo Comum
29 de novembro de 2014



“Ficai atentos e orai a todo momento” (Lc 21,36)

Neste último dia do ano litúrgico, somos convidados a pensar não sobre o fim do mundo, mas sobre a brevidade de nossa vida. Diante dela, somos chamados a refletir sobre o que é mais importante em nossa caminhada. Somos impelidos a fixar os olhos no essencial.
Quantas vezes, nos preocupamos com tantas coisas menores e esquecemos que o principal de nossa vida não é material ou destrutível. O essencial é algo que ultrapassa todas essas coisas e é eterno. Para nós que cremos, esse centro é Deus.

Saibamos colocar diante de nossos olhos o que é fundamental. Deixemos que as outras coisas, pessoas ou ideias venham como instrumento que nos encaminhem para a Vida Plena. Tenhamos claro o nosso ponto de chegada para caminhar de forma de forma coerente.

sábado, 8 de novembro de 2014

“Ninguém pode servir a dois senhores”

Sábado da XXXI Semana do Tempo Comum
8 de novembro de 2014



“Ninguém pode servir a dois senhores” (Lc 16,13)

O discurso de Jesus sobre as riquezas materiais não visa condená-las ou demonizá-las, mas colocá-las em seu devido lugar. As riquezas não podem dominar o homem, assumindo o senhorio de sua vida. Elas são meios relativos para o único Absoluto em nossa história.
São Paulo nos mostra que a verdadeira riqueza do homem é estar em comunhão com Deus. Dessa forma, a alegria do cristão não está condicionada ao ter coisas, mas a um modo de ser fundado na liberdade. Ela nos aponta para o que é realmente importante na Vida.

Que nós aprendamos a ordenar a nossa vida segundo valores bem precisos. Que as coisas deste mundo não nos sufoquem, mas sejam caminhos livres para o que é realmente importante. Conscientes do que é Absoluto, possamos definir como relativo todo o resto.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

“Eles não foram capazes de responder”

Sexta feira da XXX Semana do Tempo Comum
31 de outubro de 2014



“Eles não foram capazes de responder” (Lc 14,6)

Por natureza, o homem tende a apegar-se a coisas, pessoas ou ideias. Com essa dependência, ele corre o risco de tornar-se escravo dessas realidades. O silêncio dos fariseus revelava uma compreensão limitada da Lei por parte deles. Eles eram escravos...
Somente o Amor nos torna capazes de discernir o que é melhor para nós e para os outros. Esse é o critério fundamental porque nos mostra que o sentido de ser e viver do homem é a sua Vida Plena. Ela é o ponto de partida de toda caminhada existencial.

Encherguemos esse ponto de partida. Fujamos de tudo aquilo que nos faz escravos. Deixemos que o Amor a Deus e ao próximo nos faça verdadeiramente livres diante daquilo que é realmente importante: uma vida livre e plena.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

“Eis que vossa casa ficará abandonada”

Quinta feira da XXX Semana do Tempo Comum
30 de outubro de 2014



“Eis que vossa casa ficará abandonada” (Lc 13,35)

A profecia de Jesus não é somente direcionada ao povo judeu que perderia o seu Templo e o Messias. Ela é destinada a todo homem que não conseguiu reconhecer o sentido ou o centro de sua própria vida. Mesmo tendo uma vida e uma história, elas são vazias.
O perfil do homem combatente desenhado por São Paulo é a imagem daquele que não se torna passivo diante do mundo. Esse homem vive segundo a Verdade, relaciona-se com os outros conforme a Justiça, é sempre disposto a dar testemunho daquilo que acredita.

Saibamos dar um sentido a nossa vida. Não nos deixemos levar pelos ventos da história. Possamos construir nossos caminhos conforme a Verdade de nossa humanidade. Saibamos ser administradores de nossa própria casa, deixando que Deus seja o Senhor dela.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

“Entrar pela porta estreita”

Quarta feira da XXX Semana do Tempo Comum
29 de outubro de 2010


“Entrar pela porta estreita” (Lc 13,24)

A condição para a felicidade do homem vai muito mais além da fé que ele professa, implica um modo de ser e viver à Imagem de Cristo. Essa é a primeira condição para sermos reconhecidos na entrada de uma Vida que é Plena.
Jesus, sendo filho, se faz servo e mostra a verdadeira face do homem. Esse rosto é a senha de entrada para a Felicidade que tanto buscamos. Se criamos outras imagens pessoais que não seja a do Filho estaremos vivendo na ilusão de uma alegria passageira.

Que nós aprendamos a nos curvar e reconhecer em nós mesmos a Imagem do Filho presente em nós. Passar pela porta estreita implica curvar-se para enchergar a nossa verdadeira condição diante daquele que é o único Absoluto.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

“Ai de vós...”

Quinta feira da XXVIII Semana do Tempo Comum
16 de outubro de 2014



“Ai de vós...” (Lc 11,47)

Outro lamento de Jesus aos fariseus e mestres da Lei consiste no distanciamento entre o falar e o agir. Aqueles que se diziam seguidores de Deus não enxergavam a sua presença no mundo. Eles tinham criado um Deus à sua imagem e semelhança.
O mistério de Deus não é simples teoria, mas dinâmica que transforma a nossa vida e questiona as nossas seguranças. Em Cristo, essa dinâmica se faz humana e abre para nós um novo horizonte: o de transformar-nos em filhos no Filho.

Peçamos a graça de enxergar a presença de Deus em nosso meio. Que não pisemos as sementes de vida germinadas por Jesus, sabendo deixar transformar-se por esse mistério que revela à humanidade a sua verdadeira identidade: a Filiação Divina.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

“Ai de vós...”

Quarta feira da XXVIII Semana do Tempo Comum
15 de outubro de 2014


“Ai de vós...” (Lc 11,42)

Os lamentos de Jesus contra os farieus e os doutores da Lei consiste em uma ambiguidade presente na natureza humana. Estamos mais preocupados no “ter” e “fazer” do que em “Ser”, mais interessados com o que demontramos ser aos outros.
São Paulo nos alerta que tudo isso é fruto de alguém que vive segundo as “obras da carne”, segundo motivações, projetos e interesses meramente humanos. Esquecemos que os bens do mundo não podem nos aprisionar, mas serem instrumentos de nossa Felicidade
Que nós nos deixemos guiar pelo Espírito de Cristo. Ele que soube deixar de lado as suas vontades e conformar a sua vida ao projeto de Salvação do homem. Entregando-se ao mistério de Deus Pai, ele nos mostrou a nossa verdadeira Liberdade de Filhos.

sábado, 23 de agosto de 2014

“Mas não façais como eles...”

Sábado da XX Semana do tempo Comum
23 de agosto de 2013


“Mas não façais como eles...” (Mt 23,3)

A crítica de Jesus aos fariseus e aos mestres da lei consistia na falta de coerência entre o que era anunciado e o que era vivido. A autoridade do Senhor era consequência de sua unidade, não havia distancias entre o ser e o viver. Um era reflexo do outro.
Quantas vezes nos fragmentamos porque buscamos falar e agir para agradar ou conquistar os outros. Tais ações nos dividem, criam em nós uma personalidade que não nos pertence e que, mais cedo ou mais tarde, se desmorona.
Aprendamos a viver na integridade e na verdade. Essa nos molda em função de uma vida única, onde não existem distâncias nem espaços de incoerência nem ambiguidade. Que o nosso agir seja reflexo de nosso ser para que nossa realidade nos leve à Verdade.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

“Faça-se em mim segundo a tua Palavra”

Memória de Nossa Senhora Rainha
22 de outubro de 2014


“Faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1,38)

A realeza de Maria se revela em sua humildade. Ela não se rebaixa diante dos planos de Deus, mas reconhece o seu lugar diante do Senhor. Com o seu sim, ela se conforma ao Plano da Salvação apresentado pelo Anjo. Um plano que ia além de suas categorias pessoais.
Realizamos um caminho contrário quando nos afirmamos senhores últimos de nossas próprias vidas. Buscando esse senhorio pessoal acabamos escravos de nossos próprios interesses e instintos. Acabamos presos e escravos de nós mesmos.
Aprendamos a viver integralmente a nossa liberdade. Essa consiste em caminhar em direção à nossa felicidade vivendo segundo a nossa verdade. Eis a realeza humana, a capacidade de reconhecer-se humano capaz de portar consigo o Divino.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

“Muitos são os chamados, mas poucos são os escolhidos”

Quinta feira da X Semana do tempo Comum
21 de agosto de 2014

“Muitos são os chamados, mas poucos são os escolhidos” (Mt 22,14)

Muitos são chamados para estarem em comunhão com Deus. Nem todos, porém, possuem as vestes adequadas para participar dessa alegria. Essas vestes representam a nossa configuração ao Filho a nossa participação à sua vida.
Quantas vezes antepomos os nossos projetos aos planos de Deus. Quantas vezes não ouvimos as propostas de Deus porque nossos “negócios” são muito mais atraentes e imediatos. Precisamos aprender a vestir-se com os sentimentos do Filho.
Dai-nos, Senhor, a graça de viver segundo os seus planos. Que os sentimentos do Filho possam nos cobrir e modelar a nossa vida segundo os projetos do Pai. Com essas vestes, entremos na alegria da comunhão plena com Deus.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

“Deles é o Reino dos Céus”

Segunda feira da X Semana do Tempo Comum
9 de junho de 2014

 
“Deles é o Reino dos Céus” (Mt 5,3)

As bem-aventuranças não são consolações de um mundo futuro. Ela apresenta a lógica de Deus que nem sempre está conforme à lógica do mundo. Serão felizes os que souberem compreender e entrar nessa dinâmica de vida nova.
O cristão não é aquele que sofre neste tempo esperando se alegrar em um mundo futuro, mas é aquele que descobriu que nenhuma conquista deste mundo o pode satisfazer plenamente. Que a única e verdadeira paz consiste em conformar a sua vida ao Senhor.
Saibamos descobrir a alegria de seguir os passos do Senhor. Uma alegria que não é isenta de dores ou provas, mas que nos educa a amar verdadeiramente aquilo que é importante. Essa alegria o princípio do Reino dos Céus do qual já participamos, mas não plenamente.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

“Para que todos sejam um”

Quinta feira da VII Semana do Tempo Comum
05 de junho de 2014


“Para que todos sejam um” (Jo 17,20)

A oração da unidade, realizada pelo Senhor revela o projeto de Deus para a humanidade que vive em relação. Essa unidade é fundada no amor do Pai com Filho na Trindade, amor que é vínculo sem confundir ou transformar o que é diverso.
Caminhamos entre dois perigosos: ou amamos a tal ponto de perder a nossa identidade, conformando-se ao objeto desejado, ou nos tornamos indiferentes ao que está fora, fazendo do mundo uma extensão de nós. Isso acontece com ideias, comportamentos, coisas e pessoas.
Saibamos compreender que o amor desejado por Cristo nos faz um com o mundo, sem perder a nossa individualidade, em uma sana tensão entre um Eu e um Tu diversos, mas unidos. Essa unidade implica a busca de um único fim, fundada em uma mesma Verdade.

terça-feira, 3 de junho de 2014

“Consagra-lhes na Verdade”

Quarta feira da VII Semana de Páscoa
04 de junho de 2014


“Consagra-lhes na Verdade” (Jo 17,17)

A oração de Jesus pelos seus revela a verdadeira identidade do cristão. Ele está no mundo, se submete às suas realidades, mas vive com os olhos fixos em Deus. Essa é a verdadeira consagração, saber distanciar-se de tudo o que é relativo em função do que é Absoluto.
O conceito de mundo para João implica todas as realidades que se opõem ao mistério de Deus. O primeiro inimigo hoje é o relativismo. Não existe verdade objetiva, tudo é reduzido ao indivíduo. Nesse contexto, a justiça e o direito estão ameaçados.
Entremos nessa mesma oração do Senhor. Saibamos consagrar-se na Verdade. Ela nos faz viver no mundo, não se permitindo subjugar pelos seus princípios e valores. Que nós saibamos fazer o contrário, ser para o mundo de hoje colaboradores e reflexos dessa Verdade.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

“Eu não estou só, o Pai está comigo”

Segunda feira da VII Semana de Páscoa
2 de junho de 2014


“Eu não estou só, o Pai está comigo” (Jo 16,32)

A vitória de Cristo sobre o mundo se define pela sua fidelidade ao amor do Pai. Ele vence todas as tribulações porque sabe continuar olhando para o que é essencial. Mesmo no abandono e na solidão humana ele se sente firme, por que sabe que nunca está sozinho.
Quantas vezes nos dispersamos em tantas verdades porque tememos abraçar a única certeza: a que Deus Pai nos ama de forma incondicional. Tememos precisamente porque essa certeza implica andar contrário à cultura das massas, das convenções, do mais fácil e agradável...
Que nós experimentemos, mesmo em nossas tribulações, a presença amorosa do Pai que nos acompanha e educa, sempre. Descubramos essa presença para superar todas as tribulações, olhando para uma única certeza: somos filhos amados de Deus.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

“Ninguém poderá retirar a vossa alegria”

Sexta feira da VI Semana da Páscoa
30 de maio de 2014


“Ninguém poderá retirar a vossa alegria” (Jo 16,22)

A imagem da mulher que sente as dores do parto e concebe um filho é o melhor ícone para compreender essa transformação de nossa tristeza em alegria. Essa transformação, realizada plenamente no mistério da cruz, nos ajuda a visualizar o sentido de nossa libertação.
O sofrimento deve ser visto como a geração de uma nova realidade. Ele apresenta a possibilidade do homem de reconhecer as suas limitações e potencialidades. Quando resistimos e lutamos, somos mais fortes. Mesmo quando não vencemos, crescemos em algo.
Essa alegria que nasce desse crescimento é plena porque não é passageira ou material, nem criada por mãos humanas. Ela é plena por que nos forma e nos faz crescer, conformando-nos à vida daquele que se fez homem e nos ensinou o caminho para Deus.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

“A vossa tristeza se transformará em alegria”

Quinta feira da VI Semana de Páscoa
29 de maio de 2014


“A vossa tristeza se transformará em alegria” (Jo 16,20)

Deus não elimina os nossos sofrimentos. Ele faz melhor, os transforma em alegria. Essa é a dinâmica da cruz. É a potência de um sofrimento capaz de revelar ao homem a sua verdadeira identidade e o seu único fim.
A maior angústia humana são os momentos de dor em que não se “vê” a presença do Senhor, como se ele nos abandonasse. É precisamente nesses momentos que nos encontramos com as nossas limitações e fraquezas. É no sofrimento que nos entendemos como criatura.
Que nós, pelas nossas limitações, possamos participar ativamente do mistério da cruz do Senhor. Esse é uma dinâmica de esperança porque nos faz reconhecer nossa limitação e nos abrir a um poder que nos supera, que é capaz de sempre gerar Vida Nova.

"O Espírito da Verdade vos guiará à Verdade Plena"


Quarta feira da VI Semana da Páscoa
28 de maio de 2014

“O Espírito da Verdade
vos guiará à Verdade Plena” (Jo 16,13)

O Espírito nos guia à Verdade plena porque humanamente não podemos compreender todo o mistério de Cristo. O seu Projeto de Salvação vai muito além de um fato, mas é uma dinâmica que nós devemos entrar e assumir. Mas isso requer tempo.
Vivemos em um mundo de muitas palavras e poucos conceitos, muitas ideias e pouca compreensão. Não entendemos que só no Espírito de Deus podemos compreender todo o sentido de nossa vida, que vai muito além de nossos projetos e expectativas.
Que o Senhor nos dê a paciência para compreender os nossos caminhos. Deixemos de lado a pretensão de eliminar todos os nossos problemas imediatamente. Entremos na dinâmica do Espírito da Verdade que nos faz participar cada vez mais da Vida em Cristo.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

“Convém a vós que eu vá”

Terça feira da VI Semana de Páscoa
27 de maio de 2014


“Convém a vós que eu vá” (Jo 16,7)

O Espírito Paráclito enviado pelo Senhor nos revela toda a Verdade de Cristo. A Primeira é que ele é o Filho de Deus. Enviado ao homem, ele nos mostra que o pecado do mundo nasce de sua distância com o Senhor. Essa distância o leva à destruição.
Jesus não é um belo modelo de vida, com bonitas palavras e um eficaz conjunto de pensamentos. Ele revela ao homem a sua verdadeira identidade. E o faz com a sua própria missão. Compreender essa dinâmica não é uma opção, mas uma questão de felicidade.
Olhemos para Cristo como Verdadeiro Filho, que revela a nossa filiação divina. Por ele nossa vida encontra um norte, um sentido, porque deixa de ser ideia ou palavra e se torna caminho. Ele, junto ao Pai, nos faz compreender todo esse percurso, chamando-nos a Si.

domingo, 25 de maio de 2014

“Também vós dareis testemunho”

Segunda feira da VI Semana da Páscoa
26 de maio de 2014


“Também vós dareis testemunho” (Jo 15,27)

Todo aquele que segue Jesus sabe das consequências que esse caminho comporta. Não recebemos somente os méritos que provem de sua ressurreição, mas sua vida é dinâmica que assumimos como nossa. Esse é o verdadeiro testemunho de Cristo.
Os momentos de sofrimento são para o cristão, muito mais do que uma prova, mas o espaço onde o seu amor e a sua fidelidade são reforçados e conformados ao mistério do Filho. A sua vida não segue apenas um modelo, mas é imagem de uma Pessoa.
Testemunhar é mostrar com a vida aquilo que se crê. Que nós também sejamos testemunhos do mistério de Cristo. Que a nossa vida possa ser reflexo daquele que cremos. Sem precisar de palavras ou ideias façamos com que nossas opções revelem a nossa fé.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

“Por isso o mundo vos odeia”

Sábado da V Semana da Páscoa
24 de maio de 2014


“Por isso o mundo vos odeia” (Jo 15,19)

O “mundo” para João é o conjunto de realidades que se opõem a Deus e ao seu projeto de Salvação. O ódio do mundo ao homem que busca o Senhor é a luta de todo cristão que busca configurar-se ao seu mestre. Sem essa batalha não existe vitória.
Quantas vezes buscamos a religião somente como uma fuga do mundo, onde me livro de todas as dificuldades? Na verdade, o cristianismo não é instrumento para a minha paz. É precisamente o contrário, me coloca em condição de contínua luta pela verdadeira vida em um ambiente hostil.
Saibamos encarar o mundo estando convictos daquilo que cremos e queremos. Que as dificuldades da vida não sejam para nós uma barreira, mas uma oportunidade de crescimento e maturação. Redescubramos a potencialidade que esse mesmo mundo nos oferece.

“Como eu vos amei”

Sexta feira da V Semana de Páscoa
23 de maio de 2014


“Como eu vos amei” (15,12)

A característica fundamental do amor cristão é o seu modelo. Jesus não nos dá mais um mandamento, mas nos ensina como amar. Ele não nos apresenta uma ideia, mas um modo de agir que vai até as últimas consequências para que o outro tenha vida.
Em um mundo onde tudo se chama amor nada mais pode receber esse nome. Usando demasiadamente esse termo estamos perdendo o seu sentido. Esse, vai muito além de pensar, desejar, querer o bem do outro, mas implica ser esse mesmo bem.
Que nós aprendamos essa forma de amar. Mais do que um sentimento, esse amor implica saber que minha vida não faz nenhum sentido se não na doação e no serviço. É no sacrifício e na perda da semente que se gera vida nova.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

“Permanecei no meu amor”

Quinta feira da Semana de Páscoa
22 de maio de 2014

“Permanecei no meu amor” (Jo 15,9)

Permanecer no amor de Cristo significa viver em comunhão com ele. Esse amor não se reduz à uma ideia ou sentimento, mas é um comportamento, um modo de ser e viver segundo o Filho que, na doaçao de sua vida, manifesta o amor do Pai.
Temos dificuldades em perseverarmos nessa comunhão precisamente porque reduzimos o amor a um modo de sentir ou pensar. Tornamo-nos inconstantes porque nos deixamos levar pela fragilidade da matéria, pela sua constante transformação.
Dai-nos, Senhor, o dom da perseverança. Que essa seja fundamentada em um amor que sabe escolher o que é Verdadeiro, Bom e Belo. Que essa opção não nos faça passivos diante do mundo e da vida, mas nos comprometa em uma dinâmica de serviço e entrega.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

“Eu sou a videira...”

Quarta feira da V Semana da Páscoa
21 de maio de 2014


“Eu sou a videira...” (Jo 15,1)

A Imagem da videira explica o modo como estamos unidos ao Senhor. Se estivermos ligados a ele produziremos frutos. Se não, nos distanciaremos dessa comunhão. Cristo é a videira porque unidos a ele receberemos um alimento de vida eterna.
Em busca de uma liberdade subjetiva, queremos agir por nossas próprias iniciativas, sem princípios e valores que fundamentem, direcionem e alimentem as nossas ações. Esquecemos que independência não é sinônimo de isolamento ou distância.
Que o Senhor nos dê a graça de permanecermos sempre unidos a ele. Que a nossa liberdade seja enraizada em Deus e receba sempre dele a sua força. Que o fundamento de nossa verdadeira alegria seja aquela Fonte de Vida que não acaba porque é Eterna.

terça-feira, 20 de maio de 2014

“Dou-vos a minha paz”

Terça feira da V Semana da Páscoa
20 de maio de 2014
“Dou-vos a minha paz” (Jo 14,27)

A paz que Cristo nos porta é diversa da que o mundo nos oferece. Essa não se define pela segurança dos sentimentos ou dos bens que possuímos. Não consiste em ter algo ou alguém que nos proteja, mas de ser livre diante da realidade que nos envolve.
Buscamos coisas, pessoas ou ideias que possam dar-nos segurança. Mas esquecemos de que todos esses bens se fragmentam com o tempo. Que nada no mundo é capaz de dar-nos proteção porque essa não vem de fora, mas depende do modo como vemos o que nos cerca.
Confiemos em Deus, que é Pai. Só ele pode nos dar a segurança que tanto necessitamos. A paz que buscamos não se constrói em proteções, mas por um modo pessoal de ver e agir sobre o mundo. Como aquele que, mesmo sendo Filho, soube ser verdadeiramente livre.

domingo, 18 de maio de 2014

"[...] esse que me ama"

Segunda da V Semana da Páscoa
19 de maio de 2014


“Quem acolhe os meus mandamentos e os observa,
esse me ama” (Jo 14,21)

Não temos um Deus a quem devemos obedecer, mas devemos amá-lo. Amar o Senhor não é questão de ideia ou sentimento. Implica um modo de ser e agir que se fundamenta na pessoa de Jesus.
Em um mundo de tantas palavras e ideias, querer o bem do outro sem nada em troca parece ser mais uma bela reflexão. Mas é aqui que está o princípio e o fundamento de toda a nossa vida. Amar o próximo significa seguir os passos daquele que me amou primeiro.
Que nós saibamos responder a esse dom recebido. Aprendamos a agir não conforme uma Lei, mas segundo uma Pessoa. Que a nossa vida seja reflexo daquilo que amamos. Que o mundo veja em nós a Imagem daquele que livremente se doa para o bem do mundo.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

“Eu sou o Caminho...”

Sexta feira da IV Semana da Páscoa
16 de maio de 2016

 
“Eu sou o Caminho...” (Jo 14,6)

Jesus abre para nós a possibilidade de uma Vida que seja Plena. Essa se constrói em um Caminho fundado em uma Verdade. Tal Verdade não consiste em um conjunto de leis que devemos seguir, mas é uma Pessoa que se faz guia, mestre e modelo.
Tantos caminhos nos são apresentados como portadores de felicidade. Tantos guias aparecem em nossa história e nos fazem pensar que podem dar sentido pleno a nossa existência. Tantas riquezas são colocadas como fim em si mesmas.
Um só é o Caminho, a Verdade e a Vida. Se fragmentarmos as nossas opções e ideias, dividiremos também a nossa história. Saibamos optar por uma única via. Escolhamos bem o que queremos para o nosso fim. O nosso futuro depende de nossas atuais opções.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

“Conheço os que escolhi”

Quinta feira da III Semana de Páscoa
15 de maio de 2014


“Conheço os que escolhi” (Jo 13,18)

A relação do discípulo com o Senhor é uma comunhão de vida. Jesus não ensina coisas para ser apenas transmitidas, mas vividas. Ele conhece as nossas fraquezas e tudo o que somos capazes de fazer. Mesmo assim, ele acredita em nós.
Mesmo quando não acreditamos em nossas potencialidades, Ele que nos conhece porque nos escolheu, acredita e espera em nós. A única condição para a realização de nossa vida é seguir os passos do nosso Mestre, não imitando-o, apenas seguindo-o.
Saibamos reconhecer que a felicidade de nossa vida não se encontra em nós mesmos. Que uma vida plena não se realiza definitivamente na materialidade da história, mas vai além dessa. Que a Felicidade se encontra naquele que mostrou ao homem o seu verdadeiro rosto.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

“Eu sou a porta”

Segunda feira da IV Semana de Páscoa
12 de maio de 2014


“Eu sou a porta” (Jo 10,9)

O Senhorio de Jesus se revela na imagem do Pastor. Como porta, ele nos mostra que a única obediência se constrói no amor e na confiança àquele que seguimos. Por ele, encontramos o verdadeiro caminho para as nossas vidas.
Tantos são os ladrões e salteadores que nos enganam e nos atraem para si. Eles nos oferecem outros caminhos, outras portas, outras pastagens. O único objetivo deles é retirar a nossa maior riqueza, aquilo que temos de mais íntimo e individual: a nossa liberdade.
Só existe um pastor, uma pastagem, um lugar para o nosso repouso. A única porta é Cristo, que nos ensina a nos curvar e esforçar-se para entrar nessa grande comunhão de amor com Deus Pai, que não busca o nosso sacrifício, mas a nossa vida plena.

terça-feira, 6 de maio de 2014

“Vós me vedes e não credes...”

Quarta feira da III Semana da Páscoa
7 de maio de 2014


“Vós me vedes e não credes...” (Jo 6,36)


A fraqueza humana está na incompreensão do mistério de Cristo como o Filho enviado por Deus. Ele é o sentido e o conteúdo de nossa existência. Isso não é uma ideia, mas uma dinâmica de vida, um modo de ser.
Jesus revela ao homem a sua identidade. Conformar-se a ele ou não deixa de ser uma opção teológica, religiosa ou ideológica, é uma questão de felicidade. Toda tristeza ou pecado humano nasce dessa distância entre o que somos e o que fazemos.
Reconheçamos Jesus como Filho de Deus. Saibamos conformar à nossa vida ao mistério de uma obediência que não retira a nossa liberdade, mas a revela plenamente. Somente confiando no mistério do Filho descobriremos também a nossa verdadeira identidade.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

“Eu sou o Pão da Vida”

Terça feira da III Semana de Páscoa
6 de maio de 2014

“Eu sou o Pão da Vida” (Jo 6,35)

O verdadeiro alimento do homem é aquele que o satisfaz plenamente. Jesus é o Pão da Vida porque ele nos dá algo que nada nem ninguém pode nos oferecer: um sentido pleno e definitivo para a nossa existência. Essa é a verdadeira comida e bebida do caminho.
Buscamos continuamente este Pão, mas não conseguimos reconhecê-lo. “Eu sou...” responde o Senhor. O Próprio Deus se faz alimento, substância que sustenta enquanto guia, sustenta e anima o percurso cotidiano.
“Dai-nos, Senhor sempre deste Pão”. Dai-nos a graça de perceber que somente Tu nos alimenta de verdade, que todos os outros bens nos farão perecíveis como eles, que somente um nos leva à Vida Eterna porque nos dá uma Plenitude de Vida.

domingo, 4 de maio de 2014

"Trabalhai não por um alimento perecível..."

Segunda feira da III Semana da Páscoa
5 de maio de 2014


“Trabalhai não por um alimento perecível,
mas pelo que dura até a vida eterna” (Jo 6,27)

A única realidade capaz de saciar plenamente o homem é Deus. Jesus se apresenta como alimento porque nos dá um sentido, uma direção para a nossa vida. Tudo o que não cumpre esse percurso é perecível e nos faz dá um contínuo sentimento de insatisfação.
O mundo continuamente nos oferece alimentos, aparentemente nutritivos, belos, econômicos. Porém, eles somente são capazes de nos satisfazerem por um momento. Construímos uma contínua luta pela sobrevivência.
Saibamos trabalhar pelo único alimento que nos dá vida eterna. Essa eternidade, mais do que quantidade de tempo, dá qualidade a nossa existência. Essa comida é imperecível porque não é uma coisa, mas um modo de ser e viver...

sexta-feira, 2 de maio de 2014

“Quem me viu, viu o Pai”

Festa de São Felipe e São Tiago, Apóstolos
3 de maio de 2014

“Quem me viu, viu o Pai” (Jo 14,9)

Jesus é caminho, verdade e vida enquanto revela todo o projeto salvífico de Deus ao homem. As Palavras e Obras realizadas pelo Filho são reflexos daquilo que Deus tinha pensado para o homem. O Filho realiza no homem aquilo que o Pai tinha projetado para ele.
Nosso Senhor é o único caminho que nos leva ao Deus porque, como Filho, recebe tudo o que pertence ao Pai. Ele não um belo exemplo para ser contemplado, mas revela ao homem a sua própria identidade. Somente a descoberta dessa identidade dá sentido à vida do homem.
Não olhemos mais para Jesus como somente um exemplo, mas aprendamos a vê-lo como Filho de Deus e com tudo o que isso implica. Saibamos conformar a nossa vida à dele para que nós também possamos tornar-se filhos no Filho. Essa é a nossa única identidade.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

“Não é ele o filho do carpinteiro?”

Festa de São José, operário
1º de maio de 2014

“Não é ele o filho do carpinteiro?” (Mt 13,55)

O povo se admira com uma aparente contradição: até que ponto todo aquele poder poderia pertencer a um homem? Eles acreditavam que tal força pertenceria somente a Deus. Os homens seriam somente instrumentos passivos dessa dinâmica.
Em um mundo de facilidades, perdemos gradativamente um espírito sacrifício, luta e renúncia. Buscamos comprar ou trocar tudo aquilo que deveria ser construído com o esforço de nossas próprias mãos. Colocamos em Deus uma responsabilidade que é nossa.
Saibamos reconhecer que a história da salvação perpassa a nossa existência e se realiza por meio de nosso esforço cotidiano. Reaprendamos a ser protagonistas de uma caminhada que tem Deus como fundamento, mas que há no homem a sua realização.