terça-feira, 30 de abril de 2013

“Não é este o filho do carpinteiro?”

Memória de São José, Operário
1º de maio de 2013

“Não é este o filho do carpinteiro?” (Mt 13,55)

Jesus não realiza plenamente obras de salvação em sua própria cidade. Isso por que os seus conterrâneos veem a sua pessoa apenas como um dado histórico. Não dizem mais nada porque permanecem no que já sabem e não se abrem ao mistério.
Queremos, muitas vezes, uma salvação que seja externa a nós, que venha de forma extraordinária e nos transforme. Esquecemos que nossa redenção veio ao mundo entrando em nossa humanidade e encarnando-se.
Deus, tu que por meio do vosso Filho, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, realizastes o seu plano de salvação da humanidade. Dai-nos a coragem para participar, com as nossas forças, desse projeto de salvação iniciado em nossa humanidade em Jesus Cristo.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

“Deixo-vos a paz, vos dou a minha paz”

Terça feira da V Semana da Páscoa
30 de abril de 2013

“Deixo-vos a paz, vos dou a minha paz” (Jo 14,27)

A paz que Cristo nos apresenta é aquela que se realiza na comunhão com Deus Pai. Todo percurso para esse encontro se realiza no combate contra a paz que o mundo nos oferece. Essa é uma paz infinitamente menor a que nos foi prometida pelo Filho.
A paz que o mundo nos dá é uma falsa segurança nas coisas, pessoas ou méritos próprios. Essas serão sempre passíveis de destruição. Com essa paz do mundo, sempre estaremos insatisfeitos, possuindo essas riquezas, sempre buscaremos mais.
Ó Deus que nos mostrastes por meio do vosso Filho a verdadeira imagem do homem. Dai-nos forças para que, segundo o seu caminho, possamos também, ao fim deste percurso, participar da verdadeira e única paz que consiste na comunhão de vida divina.

domingo, 28 de abril de 2013

“Uma só coisa é necessária”

Memória de Santa Catarina de Sena
29 de abril de 2013

“Uma só coisa é necessária” (Lc 10, 42)

Jesus apresenta-nos uma gradação de valores para a nossa vida. Parece contradição: É Marta que recebe Jesus em sua casa, é ela quem faz todo o serviço para que ele seja bem acolhido. Com tudo isso Maria ainda escolhe a melhor parte.
Jesus ensina que não é tanto o “fazer” algo em relação ao outro que nos faz melhores, mas “como” o fazemos. Maria expressa a verdadeira acolhida, o verdadeiro amor ao próximo dando-lhe a atenção devida. É Maria quem realiza a verdadeira recepção e acolhida.
Que nosso amor ao próximo não seja resumido em “fazer” coisas. Saibamos manifestar a nossa atenção ao outro com a entrega de nossa própria vida, doando-a como maior bem e riqueza que temos. Essa é a única ação necessária para o verdadeiro amor.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz...”

Terça feira da IV Semana de Páscoa
23 de abril de 2013

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz...” (Jo 10, 27)

Jesus é Cristo, o enviado de Deus, porque age segundo a sua vontade, em comunhão com Ele. Ele mostra a face de um Pai que não é um Senhor dominador, mas um pastor que conhece, guia e entrega a sua vida pelas ovelhas.
Deus não é uma ideia, mas alguém. Ele não é um Senhor opressor que se coloca acima para ordenar leis, mas é um pastor que guia caminhando junto ao seu rebanho. Ele não tira proveito de suas ovelhas, mas dá a vida por elas.
Sigamos esse pastor. Acompanhemos os seus passos e confiemos em seu percurso. Sintamos a docilidade e firmeza de sua voz que corrige todas as vezes nos dispersamos. Caminhemos junto a ele, certos de que ele nos guia para um lugar seguro e tranquilo.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

“Senhor, a quem iremos?”

Sábado da III Semana de Páscoa
20 de abril de 2013

“Senhor, a quem iremos?” (Jo 6, 68)

O discurso do Pão chega ao seu cume. Alguns discípulos se escandalizam com a radicalidade das palavras. Não obstante um Deus que se faz homem, vemos um homem que quer apresentar-se como pão, como alimento de vida eterna aos homens.
O mundo de hoje nos apresenta muitos alimentos, muitas opções de escolha... Entretanto todos os outros alimentos nos escravizam. Eles nos tornam dependentes deles, por mais que comamos, sempre sentiremos fome. Quanto mais comemos, mais buscaremos.
Só Cristo tem palavras de vida eterna. Palavras que alimentam, porque não são somente teoria de vida, mas conteúdo de um projeto que foi vivido e confirmado por Deus Pai. Nelas encontramos o alimento que sacia plenamente, pois liberta de toda fome humana.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna”

Sexta feira da III Semana de Páscoa
19 de abril de 2013

“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna” (Jo 6, 53)

Pelo mistério do Pão Eucarístico, o homem é chamado a tomar parte da vida do Filho de Deus, Jesus Cristo. Essa vida do Filho é constituída em comunhão com o Pai. É nesse sentido que fazer a vontade de Deus, por meio do Filho, se torna o nosso verdadeiro alimento.
Com isso, seguir os passos de Cristo deixa de ser apenas uma teoria bela de vida, mas um compromisso necessário a ser assumido. Dele depende a nossa felicidade por que dele depende a nossa vida. É esse o nosso e único alimento.
Saibamos tomar esse alimento em nosso corpo. Que a vida do Filho de Deus não seja somente uma bela história a ser contemplada, mas verdadeiro alimento a ser “digerido” em nós. É na vontade de Deus que encontramos a nossa verdadeira identidade de Filhos.

Esta é a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e nele crê, tenha a vida eterna... (Jo 6, 40)

Quarta feira da III Semana de Páscoa
17 de abril de 2013

Esta é a vontade de meu Pai:
que todo aquele que vê o Filho e nele crê, tenha a vida eterna... (Jo 6, 40)

Por que Cristo é fonte de vida eterna? Por que somente o fato de acreditar nele dá plenitude à nossa vida? Como Filho de Deus, ele mostra aos homens a face do Pai, como enviado ele apresenta ao mundo o projeto de divino para nós.
O Filho, em contato constante com o Pai, transmite a nós a vida de graça que dele emana. Em comunhão com o Filho estaremos seguindo a vontade do Pai. Entretanto, esse seguir não é apenas teórico ou ideal, mas um caminho concreto de vida e obras.
Saibamos realizar em nós a vontade de Deus. Como autor de nossa vida ele sabe o fim para o qual devemos caminhar. Seguindo os passos do Filho, rosto humano de Deus, chegaremos à plenitude de nossa vida e abraçaremos eternamente o nosso Pai do Céu.

“Eu sou o pão da vida”

Terça feira da III Semana de Páscoa
16 de abril de 2013

“Eu sou o pão da vida” (Jo 6, 35)

Pelo mistério da encarnação Jesus desce do alto de sua divindade até nós. Ele é o novo pão que desce do céu para alimentar o homem. Portando-nos a sua divindade ele sacia o homem não mais de uma necessidade material, mas de plenitude.
Cristo nos alimenta de uma fome constante: a fome do eterno. Por meio dele participamos da vida divina. Pelo mistério de sua entrega à vontade de Deus nos é dado um exemplo a seguir, um verdadeiro ânimo, que dá sentido à nossa vida.
Possamos também pedir esse alimento: “Dá-nos, Senhor, sempre deste pão”. Preenchei a nossa vida de um sustento que nos dê forças para caminhar e vencer todos os obstáculos de nosso percurso, que nos possibilite olhar sempre avante e além...

“O que é isso para tanta gente?”

Sexta feira da II Semana da Páscoa
12 de abril de 2013

“O que é isso para tanta gente?” (Jo 6, 9)

Os discípulos não sabem como saciar a fome daquele povo. Qualquer ação humana que fizessem seria insuficiente. Jesus intervém, partido do que existe, ele distribui o alimento aos homens que ali estavam. Só ele sacia a fome humana e de forma plena e abundante.
Diante de nossa busca por uma plenitude, por algo que nos preencha, nossas ações serão sempre insuficientes. Por mais que tentemos nos preencher de coisas, pessoas e ideias, permaneceremos sempre insatisfeitos. Nossa fome sempre continuará.
Em Cristo nossa fome é saciada de forma definitiva. Só ele nos dá a substancia que temos verdadeira necessidade para viver. Essa substancia nos dá forças para a nossa caminhada para a meta final onde todas as nossas necessidades cessarão.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

“Aquele que crê no Filho tem a vida eterna”

Quinta feira da II Semana da Páscoa
11 de abril de 2013

“Aquele que crê no Filho tem a vida eterna” (Jo 3, 36)

Por que somente a fé em Jesus Cristo é capaz de salvar o homem? Essa é a adesão ao projeto de Deus que se revela por meio do Filho enviado. Jesus não é mais um profeta que revela palavras de Deus, mas é o próprio Deus que se revela por meio do seu Verbo.
A partir desse fato, não podemos mais viver como se a Palavra não nos tivesse sido dada. Abraçar Cristo como Palavra de Deus é questão de vida. Por meio dele vemos o plano de divino para a humanidade. Rejeitá-lo significa rejeitar a vida.
Que o mistério da Páscoa nos faça aderir a essa realidade de vida nova por meio de Cristo. Ele, como Verbo de Deus inicia a redenção com a entrega de sua própria vida aos homens. A partir dessa entrega, nos é aberta uma porta para a vida plena.

“Quem pratica a verdade vem para a luz”

Quarta feira da II Semana de Páscoa
10 de abril de 2013

“Quem pratica a verdade vem para a luz” (Jo 3, 21)

Cristo é a luz que brilha em um mundo de escuridão. Sob a sua luz podemos descobrir a verdade sobre o mundo e sobre nós mesmos. Eis a Verdade que salva: Como luz, ele mostra aos homens o caminho da vida plena.
O nosso pecado, mais do que um desvio, é um momento de confusão. Pensamos em fazer a coisa certa, mas erramos o percurso ou o modo de percorrê-lo. Mas se tropeçamos e caímos é porque não conseguimos ver o trajeto.
Só em Cristo encontramos a luz de nossa verdade, só nele podemos enxergar o percurso que devemos realizar e, livremente, segui-lo. Assumindo essa via podemos encontrar a plenitude de nossa vida para sermos, verdadeiramente salvos.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

“Assim deve ser levantado o Filho do Homem”

Terça feira da II Semana de Páscoa
9 de abril de 2013

“Assim deve ser levantado o Filho do Homem” (Jo 3, 14)

A vida nova data por Cristo é realizada pelo mistério da cruz. No mistério pascal, essa deixa de ser sinal de sofrimento e morte e apresenta ao homem o seu verdadeiro caminho: a entrega de si.
O sofrimento ganha um novo sentido quando transformado em dinâmica de livre doação de si. A morte se transforma em vida porque o sofrimento da entrega nunca é em vão. Pelo contrário, a verdadeira entrega implica sofrimento, implica perda de si.
O sofrimento que se torna mistério de doação dá um novo passo até uma entrega plena que não pode ser outra coisa senão mistério de amor. Na doação integral de tudo o que somos e possuímos, nos vemos integrados àquele que é Amor em Plenitude.