quinta-feira, 30 de maio de 2013

“Bem-aventurada és tu que creste”

Visitação de Nossa Senhora
31 de maio de 2013

“Bem-aventurada és tu que creste” (Lc 1,45)

A fé é o fundamento de todas as bem-aventuranças, porque nos faz acreditar e esperar no autor de todas as outras promessas. A beatitude de Maria está nessa disposição ao amor de Deus que procura entrar em nossa humanidade, mas precisa de nosso sim.
A grandeza de nossa vida não será revelada na quantidade ou na qualidade de nossos atos, mas na disposição com o qual fizemos, no sentido que demos a eles. Não somos agentes únicos de nossa santificação, mas instrumentos nas mãos daquele que é Santo.
Olhemos para Maria e vejamos nela o exemplo daquela que soube se fazer instrumento nas mãos de Deus. O seu sim, foi uma abertura ativa à promessa de Deus. Por meio do seu sim, o amor de Deus entra em nossa humanidade e se faz vida, se faz presença.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

“Mestre... que eu veja”

Quinta feira da VIII Semana do Tempo Comum
30 de maio de 2013

“Mestre... que eu veja” (Mc 10,51)

A cura do cego Bartimeu se realiza por meio de sua fé. Ele reconhece Jesus como mestre, como único homem capaz de reconhecer verdadeiramente as suas fraquezas e de dar sentido à sua vida, luz ao seu caminho. Entretanto, era preciso um primeiro passo...
Quantas vezes, no percurso de nossas vidas, estamos mendigado o resto que os outros nos podem dar? Quantas vezes nos colocamos tão dependentes que esquecemos que nós também somos capazes de ver o mundo ao nosso redor, levantar-se e caminhar?
Jesus não cria homens mendigos, mas nos quer livres. Ele nos mostra que a nossa verdadeira necessidade não são ajudas, migalhas ou sobras alheias, mas nos ensina que já somos amados por Deus, e só isso nos basta para sermos verdadeiramente livres.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

“Cem vezes mais... com perseguições”

Terça feira da VIII Semana do Tempo Comum
28 de maio de 2013

“Cem vezes mais... com perseguições” (Mc 10,30)

Deus não abandona aqueles que entregam sua vida a Ele. Entretanto, a promessa do cêntuplo é acompanhada das perseguições. A confirmação temporal de nossa entrega não se realiza sem luta, nem sacrifício. Todavia, a riqueza última é sempre a vida plena.
Todo caminho, para ser bem percorrido, exige renúncia: isso é lógica. Não podemos trilhar dois percursos ao mesmo tempo. Na doação de nossa vida essa exigência é mais forte, porque estamos combatendo contra muitos de nossos desejos e vontades.
Fortalecei o nosso coração, ó Deus, com esperança necessária para que saibamos encarar todos os obstáculos como provas que fortalecem a nossa escolha. Que possamos reconhecer, desde já, a plenitude de nossa vida que se cumpre no hoje de nosso sim.

“Vai, vende tudo...”

Segunda da VIII Semana do Tempo Comum
27 de maio de 2013

“Vai, vende tudo...” (Mc 19,21)

A caridade cristã nãos e resume a um “fazer” coisas, mas saber conformar todas as coisas que fazemos em função de Cristo. O verdadeiro amor cristão se realiza na gratuidade de nossa livre entrega.
Somos muito apegados ao que somos e temos. Esquecemos que essas riquezas são passageiras, se corrompem com o tempo. Todas as coisas passam, mas a nossa livre entrega de si é o único bem que possuímos e podemos doar, sem nada em troca.
Ó Deus que por meio de Cristo revelastes o verdadeiro amor que consiste no dom de si, sem recompensas. Dai-nos a liberdade necessária para colocar todos os nossos bens em relação a ti para conquistar a único e definitiva riqueza.

domingo, 26 de maio de 2013

A Divina Dinâmica

A Divina Dinâmica
Domingo da Santíssima Trindade
 

“O Espírito da Verdade vos guiará à plenitude da verdade” (Jo 16,13)

O Mistério eterno, revelado por Deus Pai por meio de seu Filho, Jesus Cristo, ganha pleno sentido com o envio do Espírito Santo, que nos guia à plenitude dessa Verdade, de uma dinâmica de vida divina. Esse mistério, por ser divino, nunca poderá ser abraçado plenamente pela nossa humanidade, mas como divino, nos atrai para a sua eternidade.

A Sabedoria divina que guia toda a dinâmica da criação é o primeiro sinal de um Deus que entra em nossa humanidade e cria todas as coisas em função do Verbo Eterno. Diz o livro dos Provérbios em relação à Sabedoria: “junto a ele, estava eu como artífice” (Pr 8,30). Essa Sabedoria dá ordem ao mundo e o porta à sua plenitude.

O homem, como ápice da criação, é o agente principal desse percurso. A ele, criado à imagem do Cristo, é dada a sabedoria, a capacidade de reconhecer a presença de Deus na realidade do cosmos. Nem ele, nem o mundo que o cerca existem por acaso.

Essa “ordenação” do mundo e da vida é a atração Divina de todas as coisas para si. Tudo caminha para a sua plenitude. Entretanto, é preciso que tudo seja purificado, ou seja, reduzido ao seu essencial. A tribulação é o momento em que a realidade vem realmente provada. Nas palavras de São Paulo “a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança” (Rm 5,3-4).

“A esperança não engana” (Rm 5,5). Ela é que nos faz olhar para o fim e ver nele o cumprimento de todas as coisas, dando sentido às nossas ações. É esse o Espírito da Verdade, àquele que nos guia à plenitude da única Verdade. Ou seja, que o mundo, criado pelo Pai à imagem do Filho, caminha sob a força do seu Espírito para o seu fim último e eterno.

Tudo isso parece ser muito vago à nossa inteligência racional. Preferimos criar as nossas verdades, os nossos objetivos, os nossos meios. Deus é colocado à margem, como apêndice de fuga, quando não há mais saída. Parece ser muito mais fácil ser guiado pelos nossos instintos e desejos do que encontrar a “ordem divina” presente em nossa humanidade.

Deixemo-nos guiar por esse Espírito de Verdade, que nos acompanha à nossa Verdade, que nos mostra, gradativamente, a ordem presente em nós e no mundo. Ele nos faz entrar na dinâmica divina que forja em nós a imagem de Cristo que, vivendo em comunhão com o Pai, realiza a obra de salvação do mundo, portando tudo à sua santificação.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

“Deles é o Reino de Deus...”

Sábado da VII Semana do Tempo Comum
25 de maio de 2013

“Deles é o Reino de Deus...” (Mc 10,14)

O Reino de Deus é, de fato, de todo aquele que tem um coração de criança, de todo aquele que está aberto ao mistério de Deus. Elas, não levam consigo preconceitos e prejuízos que as impedem de se aproximar plenamente de Jesus Cristo.
Quantas vezes as nossas “maturidades” nos impedem de ver as novidades de Deus? Quantas vezes as nossas noções de mundo e de vida negam, oprimem ou reduzem o outro? Quantas vezes as nossas grandezas nos desviam de ver a beleza na simplicidade da vida?
Ó Deus que por meio de Jesus mostrastes ao mundo o poder, a beleza e a simplicidade da Verdade humana. Fazei que, olhando para ele, possamos amadurecer em nós um coração de criança e ver a grandeza e o mistério divino que se inicia em cada nova vida.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

“E os dois serão uma só carne”

Sexta feira da VII Semana do Tempo Comum
24 de maio de 2013

“E os dois serão uma só carne” (Mc 10,8)

O amor entre homem e mulher é uma união que encontra em Deus o seu fundamento. O matrimônio é um dos espaços privilegiados onde ele exerce essa dinâmica de amor de forma plena, de uma entrega que une, que gera comunhão, “uma só carne”.
Essa comunhão de amor é ameaçada pelo interesse egoísta do homem que busca o seu próprio benefício e a sua felicidade individual. Não se procura mais a felicidade em uma comunhão de amor, mas por meio de coisas e pessoas que são instrumentos “para mim”.
Ó Deus, tu que pela entrega de Jesus Cristo mostrastes ao mundo o teu amor de Pai. Fazei que nesse espírito de filhos possamos estar abertos a um amor que também é doação, que é princípio de comunhão, que é livre entrega de si em função de um único corpo.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

“Tenham sal em vós...”

Quinta feira da VII Semana do Tempo Comum
23 de maio de 2013

“Tenham sal em vós...” (Mc 9,50)

A responsabilidade daquele que representa Cristo no mundo de hoje é grande. Essa representação se realiza no testemunho de vida: em palavras e ações. Só isso faz com que o mundo tenha um nosso sabor, o sabor de Cristo.
Somos chamados a fazer a diferença em nosso meio. A testemunhar Cristo não apenas com palavras e obras, mas fundamentalmente com a nossa própria vida. Somente quando o mundo for capaz de ver Cristo em nós ele ganhará novo sabor.
Ó Deus, que pelo mistério do vosso Filho revelastes ao mundo a definitiva face humana. Fortalecei a nossa vida para seguirmos os passos do Cristo dando ao mundo o tempero de uma vida nova, o gosto da salvação.

terça-feira, 21 de maio de 2013

“Quem não é contra nós é a nosso favor”

Quarta feira da VII Semana do Tempo Comum
22 de maio de 2013

“Quem não é contra nós é a nosso favor” (Mc 9,40)

Outro grande perigo daqueles que o seguem o Cristo é a inveja. Os discípulos se incomodam quando veem um que realiza as obras que eles deveriam cumprir. Jesus ensina que a coerência de vida é o fundamento para esses prodígios.
A inveja, mais do que entristecer-se com o bem alheio, nos faz esquecer-se da riqueza de nossa própria vida. Olhamos tanto para fora que esquecemos que temos uma missão a cumprir a partir de nós mesmos.
Ó Deus que por meio de Cristo nos destes a dignidade de filhos. Dai-nos a alegria de viver essa dignidade e força para participar da obra de salvação realizada plenamente no vosso Filho unigênito.

“O Filho do homem será entregue”

Terça feira da VII Semana do Tempo Comum
21 de maio de 2013

“O Filho do homem será entregue” (Mc 9,31)

Com essas palavras, Jesus inicia a revelar o mistério de sua vida. Ele não vive em função de si mesmo, ou para mostrar aos homens a grandeza de sua missão. Sua vida consiste na entrega, no serviço livre e gratuito aos homens, por amor.
A essa humildade de Cristo se contrapõe o nosso orgulho. Buscamos ser fim em si mesmo, centro das atenções, fonte de verdades. Queremos um mundo que gire em nossa órbita, que seja à nossa imagem e semelhança.
Senhor, dai-nos a delicadeza de espírito para ver a vossa face nos rostos dos menores e mais necessitados e a força para vos servir em cada um deles. Que possamos buscar um mundo criado segundo à sua imagem e projetado para a plenitude.

domingo, 19 de maio de 2013

“Tudo é possível para aquele que crê”

Segunda feira da VII Semana do Tempo Comum
20 de maio de 2013

“Tudo é possível para aquele que crê” (Mc 9,23)

Jesus apresenta a direta relação entre a fé e vida. Essa vida só se realiza a partir da oração, da plena abertura a Deus que se revela em Cristo. É por meio da fé que somos capazes de ouvir essa nova realidade e deixar-se modelar por sua Palavra de Vida Eterna.
Muitas vezes permanecemos impossibilitados de realizar essa oração. Somos incapazes de dar esse passo adiante, ir além de nossas categorias de mundo. Preferimos sentir somente o mundo ao nosso redor do que deixar-se guiar pela fé.
Sim, Senhor, nós cremos. Nós cremos que tu tens Palavras de Vida e Vida Plena. Entretanto, ajuda-nos em nossa falta de fé. Ajuda-nos quando nossa humanidade prefere a si mesma. Ajuda-nos a deixar-se conduzir pela força de sua verdade.

Princípio de unidade

Princípio de unidade
Domingo de Pentecostes


“Recebei o Espírito Santo” (Jo 20,22)

Celebrar a Festa de Pentecostes e reviver o início da missão da Igreja que, instituída por Cristo, recebe a ordem de prosseguir o projeto de salvação dos homens. Essa Igreja tem um princípio, um fim e uma força comum: A Santíssima Trindade. Deus, como princípio de vida que se revela no Filho, modelo do novo homem, faz caminhar a Igreja com a força do Espírito Santo que infunde seus dons e carismas para que essa exerça a sua missão
Se a Igreja possui um princípio, uma Verdade e uma força comum, é mal tudo aquilo que nega ou se opõe a essa unidade.
É perigoso viver uma fé segundo o meu modo de ver e compreender Deus, ou caminhar da Igreja segundo à minha “concepção de mundo”, é muito arriscado querer compreender a Verdade segundo à minha “liberdade de expressão”. Como diz o Apóstolo: “Há diversidade de dons, mas um só Espírito. Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos” (1Cor 12,4-6).
O próprio São Paulo nos ensina a viver a unidade de Filhos por meio da Imagem do Corpo (cf. 1Cor12,12). Todos nós somos parte de um mesmo corpo, com uma só cabeça e um mesmo princípio de vida. Se quisermos viver livres dessa realidade, perderemos essa dinâmica vital que dele procede.
Somente Cristo, em um mundo de tantas cabeças, múltiplos princípios e inúmeras verdades, nos dá paz que provém do seu espírito, nos envia a anunciar uma salvação e a realizá-la por meio de sua Igreja (cf. Jo 20,22). Esse anúncio nasce de nossa capacidade de transmitir essa mensagem ao homem de hoje, de revelar o mistério da encarnação, vida, morte e ressurreição com uma linguagem e com uma vida que seja capaz de tocar, como Cristo, a nossa humanidade. A salvação se cumpre no perdão dos pecados, na verdadeira reconciliação do homem com Deus, por meio de Cristo, princípio de vida nova.
Saibamos olhar para Maria, e ver nela o exemplo daquela que soube ouvir a voz do Espírito e reconhecer nele o poder de Deus, capaz de gerar vida em nossa humanidade. Ela não buscou condicionar a verdade às suas condições de vida ou compreensões de mundo, mas abriu-se plenamente à essa nova realidade, à Verdade de Cristo, princípio de unidade.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

“Apascenta as minhas ovelhas”

Sexta feira da VII Semana de Páscoa
17 de maio de 2013

“Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21,17)

A vocação de Pedro não é uma adesão apenas de palavras, mas de toda a sua vida. A tríplice pergunta exigia uma tríplice resposta, uma afirmação integral, plena à missão recebida. Amor que implica seguir os mesmos passos daquele que é amado.
Esse amor que Cristo exige vai muito além de um sentimento ou emoção, é encontro que implica missão. Esse é o encontro com nossas próprias fragilidades, com nossa possibilidade de futuras negações, mas com nosso esforço de dizer sim...
Senhor, tu conheces tudo, sabes que te amamos e te procuramos em tudo o que fazemos. Fazei que nossas fraquezas não sejam um impedimento para vos amar, mas sejam u verdadeiro impulso para vos seguir fiel e plenamente.

“Que todos sejam um”

Quinta feira da VII Semana da Páscoa
16 de maio de 2013

“Que todos sejam um” (Jo 17, 21)

A unidade que Cristo nos ensina provém da Verdade que ele revela. Ele, unido ao Pai, apresenta ao mundo o seu projeto de salvação. Essa salvação se fundamenta no amor que nos faz um, que nos une na única verdade que revela definitivamente face da humanidade.
Deus mostra aos homens o caminho da humanidade por meio de Cristo: Deus que se faz homem. Ele é o ponto de convergência de nossa vida, de todos os homens, por isso que é princípio de unidade. Nele, todos se fazem um.
Ó Deus, que por meio do vosso Filho revelastes a salvação da humanidade. Dai-nos a graça de buscá-lo com todo o coração e, encontrando-o, possamos também unir-se à comunhão daqueles que procuram a Verdade e o Sentido de suas vidas.

terça-feira, 14 de maio de 2013

“Como eu vos amo”

Festa de São Matias, apóstolo
14 de maio de 2013

“Como eu vos amo” (Jo 15,12)

A novidade do cristianismo não está no amor ao próximo em si mesmo. Mas no modo como esse se realiza. Cristo o cumpre como entrega livre de si em favor do outro. Esse é o grande vínculo do amor cristão: ele não faz escravos, mas amigos.
Seguir os passos de Jesus não nos faz escravos de regras e doutrinas. Essas, se vistas com amor tornam-se consequência de minha adesão inicial. O mundo sim, nos dá uma ilusória liberdade quando nos prende às suas riquezas.
Ó Deus, que por meio do vosso Filho revelastes o vosso amor de Pai. Concedei-nos a graça de vos amar integralmente e aderir ao vosso projeto de salvação para que, livres de todos os obstáculos possamos participar da verdadeira liberdade de Filhos.

“Coragem! Eu venci o mundo”

Segunda feira da VII Semana de Páscoa
13 de maio de 2013

“Coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16,33)

O conhecimento de Cristo como o Filho de Deus não nos torna seus seguidores necessariamente. Seguir os passos do Senhor implica abraçar todas as consequências de sua vida. Mas nesse percurso de luta, é o próprio Deus quem nos acompanha.
Quantas vezes queremos escapar de tudo o que se nos apresenta como obstáculo, buscando um cristianismo de “bem-estar” espiritual? Quantas vezes queremos parar à margem do caminho porque esse parece não ser conforme a meu ideal de Cristo?
Ó Deus, tu que por meio do vosso Filho confirmastes ao homem o valor da livre entrega de si por amor. Concedei-nos a coragem necessária para lutar contra todos os obstáculos da vida e, vencendo-os, chegar um dia ao fim desse percurso de vida.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

“E ninguém poderá retirar a vossa alegria”

Sexta feira da VI Semana de Páscoa
10 de maio de 2013

“E ninguém poderá retirar a vossa alegria” (Jo 16,22)

A imagem da mulher que gera e dá a luz é a que mais ajuda a compreender a alegria cristã. Essa não é passageira ou condicionada a coisas ou pessoas. A nossa alegria é de um projeto que está se cumprindo ou que chega à sua plenitude.
O mundo nos dá alegrias transitórias, segundo a duração do bem ou da emoção. Mais cedo ou mais tarde, eles sempre passam. A alegria cristã se fundamenta no mistério da cruz, na dinâmica de um amor que gera vida nova, uma vida plena.
Ó Deus que por meio do mistério da cruz do vosso Filho revelastes ao homem a verdadeira fonte de vida. Concedei-nos a graça de participarmos conscientemente dessa passagem de uma entrega de si que gera vida nova, que dá uma constante alegria.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

“A vossa tristeza se transformará em alegria”

Quinta feira da VI Semana de Páscoa
9 de maio de 2013

“A vossa tristeza se transformará em alegria” (Jo 16,20)

Diante da promessa de distanciamento de Jesus os discípulos ficam perturbados. A ascensão de Jesus ao Pai é vista como o fim de uma relação ou de uma caminhada. Junto a Deus Pai, Cristo está a caminhar conosco de forma plena e definitiva.
Esse distanciamento físico do Senhor pode nos deixar em estado de tristeza, com saudades desse grande amigo e irmão. Porém, pelo mistério da Páscoa, Cristo transforma essa tristeza em alegria. Ressuscitado, ele está vivo em nossa história e caminha conosco.
Ó Deus, tu que por meio da encarnação nos destes Jesus Cristo e pela ressurreição permitistes que ele continuasse atuante em nossa história, dai-nos a inteligência necessária para compreender e sentir essa presença real do Filho, fonte da verdadeira alegria.

terça-feira, 7 de maio de 2013

“O Espírito da Verdade vos guiará à plenitude da verdade”

Quarta feira da VI Semana da Páscoa
8 de maio de 2013

“O Espírito da Verdade vos guiará à plenitude da verdade” (Jo 16,13)

Jesus anuncia a sua partida desse mundo. Essa não é uma como qualquer outra, mas o cumprimento de uma missão: ele torna ao Pai para interceder por nós. Essa intercessão se realiza por meio do Espírito da Verdade, que nos guia à compreensão de toda essa dinâmica.
O Espírito nos porta à Verdade do Filho, ao entendimento do projeto de salvação iniciado pelo Pai e realizado no Filho. Essa é a fonte de toda a sabedoria humana, nessa contém toda a riqueza e sabedoria que nos porta à plenitude da vida.
Ó Pai, tu que por meio do Vosso Filho revelastes ao mundo a única e definitiva Verdade que leva à Vida. Dai-nos a abertura necessária para sermos dóceis aos ensinamentos desse Espírito e a força para caminhar segundo a sua guia.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

"Quando ele [o Paráclito] vier, convencerá o mundo a respeito do pecado, da justiça e do juízo"

Terça feira da VI Semana de Páscoa
7 de maio de 2013

Quando ele [o Paráclito] vier,
convencerá o mundo a respeito do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16,8)

Cristo, ao retornar para junto de Deus envia o Espírito Santo que leva sua obra de salvação à plenitude. Ele mostra que o pecado humano nasce do não reconhecimento de Cristo como Senhor e que o verdadeiro juízo é a condenação de tudo que se lhe opõe.
Se Jesus Cristo é Filho de Deus, enviado aos homens para revelar e realizar a redenção de nossa humanidade, sua vida se torna verdade que julga. A condenação do pecado não é um gesto arbitrário divino, mas uma consequência de nosso distanciamento da revelação do Filho.
Ó Pai, que pela ressurreição confirmastes a obra de vosso Filho, dai-nos a graça de aderir plenamente ao vosso projeto de salvação. Que conformando a nossa vida ao mistério do Filho possamos também participar da grande família no céu.

domingo, 5 de maio de 2013

“Também vós dareis testemunho”

Segunda feira da VI Semana de Páscoa
6 de maio de 2013

“Também vós dareis testemunho” (Jo 16,1)

Cristo promete enviar o Espírito Divino aos homens. Esse Espírito guia os homens no testemunho da Verdade Revelada por Deus cumprida em Jesus. Porém, essa guia não nos isenta de sermos perseguidos. Ao contrário, essa será consequência do nosso testemunho.
As lutas cotidianas, as dificuldades da vida, as tentações são também sinais de que não seguimos um senhor que nos promete bem estar, mas uma vida em conformidade com a vontade de Deus. Esses momentos são oportunidades para dar testemunho de nossa opção.
Ó Deus, que do alto da cruz revelastes ao homem o seu projeto de salvação. Dai-nos, a perseverança e a coragem necessárias para prosseguir a nossa caminhada com os olhos fixos no vosso Filho, autor e consumador de nossa fé.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

“Se me perseguiram, também vos hão de perseguir”

Sábado da V Semana da Páscoa
4 de maio de 2013


Se me perseguiram, também vos hão de perseguir” (Jo 15,20)

O ódio a Cristo implica ódio àqueles que o seguem. O mundo odeia tudo aquilo que se lhe opõe. Se somos servos de um Senhor que foi crucificado pela sua Palavra contra o pecado do mundo, seguindo os seus ensinamentos, certamente seremos crucificados.
Hoje, se somos perseguidos pelo fato de ser cristão é um bom sinal, porque estamos sendo de fato. Seguir Cristo significa abraçar a sua Palavra que não é a “politicamente correta”, nem que agrada às nossas lógicas.
Dai-nos, ó Deus o coração do vosso Filho que, obediente à sua vontade, encarnou-se, entregou-se, morreu e ressuscitou em nosso favor. Seguindo-o como Verbo de Vida, e vida plena, possamos buscar agradar somente a Vós, autor de nossa história.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

“Aquele que me viu, viu também o Pai”

Festa de São Felipe e São Tiago, apóstolos
3 de maio de 2013

“Aquele que me viu, viu também o Pai” (Jo 14.9)

Jesus é o único e definitivo caminho que leva a Deus, nele se revela toda a verdade do Pai e toda a vida que dele procede. Toda a sua vida, em palavras e obras, revelam esse mistério de salvação. Quem acredita nessa realidade adere a essa dinâmica.
Acreditar que Jesus Cristo é a plena revelação de Deus Pai não nos pode deixar indiferentes. Nossa vida passa a ser julgada por essa Verdade: ou estamos nesse caminho ou não, ou buscamos essa vida definitiva ou procuramos outros fins.
Deus, que por meio do vosso Filho revelastes à humanidade o único caminho que porta a felicidade eterna. Dai-nos a graça de aderir plenamente a essa verdade, seguir esse caminho e conquistar essa Vida Plena.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

“Perseverai no meu amor”

Quinta feira da V Semana do Tempo Comum
2 de maio de 2013

“Perseverai no meu amor” (Jo 15, 9)

Amor, mandamento e felicidade: três palavras que caracterizam a missão do Filho. O seu amor não é um sentimento, mas um agir em nome de Deus, cumprindo a sua vontade. Na realização dessa vontade se realiza a verdadeira alegria humana.
É nesse sentido que os mandamentos deixam de serem leis pesadas. Eles tornam-se consequência de meu amor e caminho para a minha realização como ser criado. Somente esse amor, real e concreto, dá sentido à vida humana.
Ó Deus, tu que por meio do vosso Filho revelastes ao homem o pleno mistério do seu amor. Fazei que, seguindo os seus passos, possamos, pelo cumprimento filial de tua vontade, chegar à verdadeira e única alegria humana.