quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Limites na Liberdade

“Onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade”. (2Cor 3,17)

“Liberdade de expressão”. “Liberdade para os homossexuais”. “O aborto aparece como um direito da liberdade”.

Quando vemos notícias sobre liberdade, devemos nos questionar qual seria o verdadeiro sentido dela, qual a concepção que temos disso? Liberdade sem limites é o que muitos desejam, mas quais seriam as conseqüências dessa faculdade de expressão? Quais os motivos que estão por trás dessas “ideologias libertárias”?

Temos visto nos últimos dias movimentos gays, as “paradas”, com manifestações de luta pelos direitos dos homossexuais, uma espécie de busca por liberdade de expressão. Mas o direito deles termina onde começa o nosso e a liberdade que eles desejam inevitavelmente atinge muitos cidadãos que estão comprometidos com os preceitos e doutrinas cristãs e que lutam pela integridade na moral humana.

Outro fato é a questão da ideologia do aborto como luta de direitos da mulher, uma luta pela liberdade de decidir o que fazer com o próprio corpo. A liberdade e o direito delas chegam a um limite no ponto que essa liberdade atinge o direito da vida do outro que ela leva no ventre.

Essas questões – aborto, homossexualismo e outras – devem ser vistas como resultado da banalização das relações humanas e da vulgarização do amor Eros, relação homem-mulher. A relação humana deixada por Deus no ato conjugal teria dois significados: “o significado unitivo e o significado procriador.” (Cf. CIC 2366). Atualmente está se perdendo esses sentidos dando lugar a depravações sociais na busca pelo prazer. “Mas tudo pela liberdade sem limites”.

Até mesmo a liberdade de imprensa, onde se insere a de expressão e escrita, deve ser questionada, lógico que de maneira sensata e democrática e sempre respeitando o direito do próximo.

Será que há mesmo liberdade em um movimento onde as pessoas estão escravizadas pelo vício da carne, pela banalização do corpo, da mulher, das relações humanas? Eis o cerne da questão. A luta pela liberdade é na verdade uma busca de vícios humanos que nos distancia da que Deus quer nos oferecer.

A luta histórica por liberdade religiosa, de opinião e expressão em nada se compara ao que estamos vendo, pois muitas daquelas lutas eram voltadas ao direito do homem e a favor da vida. Mas deve-se lembrar que na mesma história, foi também a “liberdade sem limites” que levou Hitler, Mossolini, Stalin e muitos outros a cometerem atos bárbaros.

Verdadeira liberdade se encontra quando seguimos o que Deus nos pede, que é, acima de tudo, o amor à vida, ao próximo, o Ágape, que é o amor doação, livre do egoísmo que leva muitos a buscarem os prazeres da carne distantes do amor por Deus.

Não somos totalmente “livres” pois somos servos de Deus, mas lembremo-nos que com Ele e no seu Espírito teremos a verdadeira liberdade, livres da escravidão da carne, livres como Cristo, que se libertou da maior das prisões, a morte.

“Vocês foram chamados para serem livres. Que essa liberdade, porém, não se torne desculpa para vocês viverem satisfazendo os instintos egoístas. Pelo contrário, coloquem-se a serviço uns dos outros através do amor”. (Gl 5, 13)

[Artigo Publicado no Jornal "A Folha", da Diocese de Caicó, ANO XXI, Nº 79, 07/07/2007]

Um comentário:

  1. Acho incoerente fazer um artigo com o tema Liberdade de Expressão o baseando na religião cristã, a Liberdade de Expressão deve atingir a todas as pessoas independente da religião, cor, e opção sexual. ''Mas o direito deles termina onde começa o nosso e a liberdade que eles desejam inevitavelmente atinge muitos cidadãos que estão comprometidos com os preceitos e doutrinas cristãs e que lutam pela integridade na moral humana.'' Você vive no século passado colega, sinto em te informar mas você é homofóbico, a luta dos homossexuais atinge a moral humana??? Sinto vergonha por ainda existir pessoas assim.

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