sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Terça feira da XXVI Semana do Tempo Comum

Terça, 27 de setembro de 2011

“Jesus tomou a firme decisão de colocar-se a caminho de Jerusalém” (Lc 9, 5)

A divindade de Jesus se afirmou não somente pelos seus milagres, mas pelo fato de que ele viveu a sua existência com a compreensão pela de sua missão. Ele não era um errante em suas posturas, mas soube para que veio: Realizar a Vontade do Pai. Ele não veio ao mundo para sofrer, mas para obedecer na condição de Filho. Seu sofrimento e morte de cruz ilustraram e confirmaram essa obediência integral à vontade e justiça Divina.
Foi ele que tomou a decisão. A compreensão de que os homens precisavam de um caminho de vida foi dele, ele não foi coagido por ninguém e, quando foi, não permitiu que isso o afetasse: ele só obedecia à vontade de Deus. Apesar de tudo isso, ele sabia que essa postura não seria fácil.
E exatamente por saber da complexidade de sua missão é que sua decisão foi firme. Ele não só sabia as dores que iria sofrer em sua carne, mas também compreendia que seria atingido por uma negação, rejeição, indiferença e, a pior de todas elas: pelo peso da mão do próprio Pai que, nele, fez justiça em favor dos homens.
Por antever essa dor integral de negação, Cristo colocou-se a caminho em passos firmes, como Abraão que subia decidido para sacrificar o próprio filho, sua própria carne. Se houvesse qualquer abalo nessa decisão ele poderia desviar-se daquele caminho rumo à Jerusalém.
Por mais que a decisão fosse firme, o caminho reto e o fim doloroso, Jesus estava sempre aberto àquela decisão. Ele era livre para que, a qualquer hora, desistir. O valor de seu fim foi à nossa vitória.
Essa entrega livre nos ensina o preço de nossa libertação. Somos frutos de um amor de um Pai que nos cria e nos dá a liberdade de amá-lo ou não. Muitos são os caminhos que podemos escolher nessa via rumo à Jerusalém. Alguns nos fazem andar em círculos, não nos permitindo sair do lugar, outros nos fazem retroceder, outros ainda nos levam para outros desvios supostamente mais fáceis que, além de nos levar por distancias maiores, nos faz demorar e perder tempo.
Dentre esses muitos caminhos que nos levam para Jerusalém só há um que é reto. Porém, nele há algumas pedras de tropeço, espaços escuros e muito estreito em outros: esse atalho podemos chamar Cristo.
Não podemos definir se haverá mais ou menos sofrimento para os que não quiseram tomar essa vereda. Não podemos quantificar ou qualificar as dores se compararmos esse caminho com outros. Porém, uma certeza podemos ter: esse percurso nos faz chegar no centro de nossa existência, onde está o princípio de nossa Vida...

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