segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Segunda feira da XXVII Semana do Tempo Comum

Segunda, 03 de outubro de 2011

Quem é o meu próximo?

A pergunta que Lucas coloca na boca de um mestre da Lei (cf. Lc 10, 29) é central para compreender a dinâmica da vida cristã. “Quem é o meu próximo?” Quem é aquele que necessita de minha ajuda? Ele está realmente próximo? Eu me faço próximo?
Jesus ilustra esse “carente” com uma interessante imagem: “Um homem descia de Jerusalém...” (Lc 10, 30). A partir daqui, tudo pode ser comparado a um distanciamento do homem em relação à sua terra natal, ao ambiente que lhe é natural. “Ele descia”, “caiu na mão de bandidos”, “roubaram-lhe tudo”, “bateram-lhe até ao sangue”, “como morto”...
Não há mais vida para aquele que se distancia de Deus e sua Palavra, realidades que nos dá, mantêm e justifica a nossa existência. Todo o homem que busca se afastar de Deus procura, nesse mesmo movimento, a dor de sua própria condenação. Os “infernos” retiram toda a nossa dignidade e nos faz viver “como morto”.
Jesus nos aponta o caminho inverso: a caridade. Olhar para todo aquele que se desvia da Palavra de Deus, mas como alguém que necessita da minha ajuda, é o caminho contrário ao da perdição. Cristo mesmo retoma esse movimento não só com Palavras, mas com a sua própria vida. De perdido que estávamos por não ouvir a voz de Deus Pai, somos salvos pelo amor, curados e colocados de volta no caminho rumo a Jerusalém.
A questão que se põe é: queremos voltar à essa cidade? Ou estamos firmes em prosseguir por caminhos que nós optamos?

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