“Não
é ele o filho do carpinteiro?” (Mt 13, 55)
A incredulidade do povo
provinha do fato de que não seria possível, para as suas compreensões, que o
Messias esperado surgisse de uma família simples, conhecida de todos, de sua
própria história. Em Cristo, Deus mostra que a salvação nasce de nossa própria
história e exige, com isso, a nossa responsabilidade na construção do Reino de
Deus.
A grandeza do trabalho
humano, de suas descobertas científicas, da evolução tecnológica não se
contrapõe ao poder de Deus, não coloca o homem como rival da divindade, mas o
faz parte do projeto providente de colocar o homem no ápice da criação,
dominando-a. Cabe ao homem tomar a sério a sua identidade sobre essa ordem criadora
e providente.
Saibamos nos colocar no
centro dessa humanidade, não negando Deus, mas verdadeiramente afirmando o seu
desígnio criador. Que essa centralidade faça de nós cooperadores diretos do
projeto de Deus Pai que cria o mundo e coloca o homem como agente principal
dessa obra. Somos sim, agentes no mundo, cooperadores do Reino.
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