terça-feira, 8 de maio de 2012

Terça feira da V Semana de Páscoa

Terça, 08 de maio de 2012

“Vos deixo a paz, vos dou a minha paz” (Jo 14, 27)

Cristo ensina gradativamente aos seus discípulos a dinâmica da cruz. Ela porta o homem a um estado de paz, não a um sofrimento vazio de sentido. A paz que o mundo dá brota dos sentidos, dos bens, de uma imaginação que cria uma falsa segurança, uma fingida falsa satisfação. A paz que Cristo nos dá é fruto de uma comunhão plena com Deus Pai, na obediência à sua vontade.
É legítima a busca humana por paz, segurança, satisfação. Isso levou e ainda porta a humanidade a um processo de evolução. Entretanto, esses mesmos desejos podem desfigurar a nossa própria identidade. Somos mais do que um complexo psíquico e biológico, somos mais do que animais pensantes. Fomos criados com o sopro divino, possuímos o seu espírito.
Nesse sentido, não podemos viver apenas fundamentado na manutenção do nosso organismo. Somos muito mais do que vemos e pensamos. Compreender isso é aproximar-se de uma paz que o mundo não nos dá, pois essa não é criação de  nossas próprias mãos, mas se realiza na descoberta de nossa própria identidade de criaturas modeladas da terra e sopradas por Deus e na vivência dessa realidade.

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