quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Quinta feira da XXXI Semana do Tempo Comum

Sexta, 04 de novembro de 2011

“Ele acolhe os pecadores e come com eles” (Lc 15, 2)

O mundo moderno prega um personalismo individualista, o homem é um ser que domina as coisas ao seu querer e objetivos. Não há projeto em amplo sentido, metas ou limites para as suas ações. Ele é o paradigma de um mundo que ele mesmo recriou ao seu prazer.
O objetivo central de toda a revelação divina é a demonstração amorosa de Deus em seu projeto de salvação do homem. Vemos no Evangelho o Deus que luta pelo homem, corre atrás dele, busca-o, mesmo que ele se esconda e, como conclui o próprio Cristo: “Haverá mais glória no céu por um pecador que se converte do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão (Lc 15, 7)”.
São Paulo, porém, esclarece-nos que essa salvação de Deus depende e parte dele, mas por ser livre e amorosa, implica também liberdade que é dada. Assim vemos: “nenhum vive por si mesmo ou morre por si mesmo” (Rm 14 7), mas “cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus” (Rm 14, 12).
Vemos a imagem do Deus como Senhor, não o que domina, mas protege aqueles que lhes são confiados. Ele não domina porque se relaciona livremente com os seus. Podemos ou não aceitar esse amor. Porém, podemos viver sem a Palavra de Deus, mas corremos o risco de voltar a um caos de uma vida sem luz, sem ordem, direção ou sentido.
Olhemos para Cristo não como um tirano, mas como Senhor que deseja o nosso bem. Ele não está para nos punir, em sua mão não está a espada da justiça, que pune todos os pecadores, mas o cajado, para retomar para si todo aquele que, de uma forma ou de outra, desviaram-se do caminho rumo à Vida.

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