Desceram o
paralítico, com a maca, no meio, diante de Jesus (Lc 5, 19)
Nosso pecado é, de
diversas formas, uma negação da centralidade de Deus em nossa vida. Não
queremos que Ele diga-nos o que fazer, como fazer ou aonde ir. Entretanto,
nessa busca por uma liberdade sem limites nos tornamos paralíticos, estagnarmos
em nossas próprias vontades, desejos e pensamentos. Tornamos-nos escravos de
nosso próprio ideal de vida.
A imagem do homem paralítico
que desce do alto e vem até Jesus apresenta-nos uma humanidade que, para se
tornar perfeita, não precisa assumir uma realidade que não é a sua, mas que deve
abraçar aquilo que lhe faz plena. O homem não desce em qualquer direção, mas
até Jesus, até aquele que soube assumir a nossa humanidade.
É nesse momento que
ocorre a cura, a conversão e a libertação daquele que se encontrava no
afastamento de Deus. Ele não foi libertado apenas de um estado de orgulho, mas
também de uma paralisia que o deixava escravo dentro de si mesmo.
Façamos esse percurso
dentro de nossa vida. Busquemos, nesse período de advento, esse trajeto e
desçamos do estado de uma humanidade que busca endeusar-se. Tracemos esse
projeto de encontro com um Deus que se faz homem e mostra-nos o caminho de uma
vida livre, plena e feliz.
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