“Alegra-te,
cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1, 38)
Celebrar a Solenidade
da Imaculada Concepção de Maria é saber se colocar diante do mistério do Deus
Vivo que se revela aos homens de forma amorosa. Deus vem até nós e, para isso,
prepara uma digna habitação para Si. Como Deus, Ele não vem de qualquer forma,
mas precisa de um espaço que o acolha.
Maria foi esse local
privilegiando onde Deus se fez homem. O seu “faça-se” aponta-nos a sua grande
humildade, mais, o seu total esvaziamento para que Deus pudesse habitar
plenamente em sua vida. Ela fez-se “serva”, soube colocar-se aos pés de Deus e
se abrir ao cumprimento de todo o projeto de Deus.
Maria corrige o erro de
Eva. Ela não se corrompe com o mal, ela não dialoga com as “inteligências” do
mundo, seus olhos e sua vida estão sempre direcionados para Deus e o seu
mistério de amor. Maria é sim, a nova Eva, ela assumiu aquela maternidade que
foi corrompida pelo pecado, ela refez esse projeto quando foi criada “cheia de
graça”.
O que Deus faz em
Maria, por antecipação, quer fazer também conosco. Como afirma São Paulo: “fomos
escolhidos antes da criação do mundo para ser santos e imaculados diante dele. (Ef
1, 4). A graça que foi dada de forma plena em Maria nos é sinal e esperança de
uma humanidade de abraçar o projeto de Deus.
Como? “No amor”, afirma
São Paulo. Maria é para nós ícone desse amor que se fez pleno e, assim sendo,
fez-se carne, projeto vivo de uma proposta de redenção de um homem que se
mancha com o mal.
Celebrar Maria, Cheia
de Graça, nesse tempo de Advento é, antes de tudo, acenar para essa grande
espera, esperança ativa daquele que aguarda e prepara tudo o necessário para
que Deus possa habitar em nosso maior. Façamos de nossa vida esse “lar” que
acolhe a Palavra de Deus que buscar fazer morada no meio de nós. Olhemos,
ouçamos e falemos como Maria:
“Eis
a serva do Senhor: faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1, 38).
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